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Prefeito mexicano é acusado de omissão por desaparecimentos

Prefeito de Iguala, no sul do México, é acusado de omissão por ficar em festa em vez de agir em caso de desaparecimento de estudantes


	Manifestantes no México pedem justiça no caso dos estudantes desaparecidos
 (Omar Torres/AFP)

Manifestantes no México pedem justiça no caso dos estudantes desaparecidos (Omar Torres/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 13h54.

Acapulco - O prefeito da cidade mexicana onde 43 estudantes desapareceram depois de um ataque da polícia e de narcotraficantes é acusado de omissão por permanecer em uma festa em vez de se ocupar do incidente, informou nesta quinta-feira o procurador de Guerrero, Iñaky Blanco.

O procurador disse que o prefeito de Iguala, no estado de Guerrero (sul do México), José Luis Abarca, que fugiu com sua esposa poucos dias após o ataque, falhou em seu dever de proteger os estudantes deste episódio violento registrado há quase duas semanas que deixou seis mortos, 25 feridos e 43 desaparecidos.

Blanco disse que o prefeito "foi omisso (...) no sentido de que preferiu continuar em uma festa" no dia 26 de setembro, num momento em que eram registrados ao menos dois ataques, "deixando à mercê de elementos de segurança pública as atuais vítimas".

A indignação dos mexicanos pelo caso se traduziu na quarta-feira em manifestações efetuadas em vários pontos do país nas quais dezenas de milhares de pessoas exigiram que o governo encontre com vida os estudantes.

Os jovens desapareceram na noite de 26 de setembro depois que a polícia de Iguala e membros do cartel de drogas Guerreros Unidos atiraram contra os ônibus tomados por dezenas de estudantes, vários dos quais foram vistos pela última vez a bordo de veículos da corporação policial local.

O temor dos familiares sobre o paradeiro dos estudantes cresceu na semana passada depois que as autoridades encontraram 28 cadáveres ainda não identificados em fossas clandestinas.

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