Londres - Os preços ao produtor da zona do euro registraram seu aumento anual mais forte em 25 meses em novembro, por conta da alta dos custos da energia e de bens intermediários, de acordo com dados divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), excluindo construção, subiu 0,3% em novembro em relação a outubro e avançou 4,5% em comparação com o mesmo mês de 2009. A alta anual é a maior desde outubro de 2008.

Os números sugerem que as pressões inflacionárias estão aumentando, na medida em que a economia da zona do euro e, em particular de seu setor manufatureiro, continuaram a se recuperar de uma recessão. Economistas esperavam uma alta do PPI de 0,3% no mês e de 4,4% no ano. Em outubro, o índice avançou 0 4% na comparação com o mês anterior e 4,4% em relação a igual período de 2009. Os dados anunciados hoje dizem respeito aos 16 países da zona do euro que, em novembro, utilizavam a moeda comum. No início de 2011, a Estônia passou a ser o 17º país da zona do euro.

Os dados oficiais mostraram que a taxa de inflação anual da zona do euro subiu para 2,2% em dezembro, o mais alto nível em dois anos, superando a meta de médio prazo do Banco Central Europeu (BCE), de 2%, pela primeira vez desde novembro de 2008.

Atividade

Em outra divulgação do dia, a agência de pesquisas Markit informou que o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro ficou estável em 55 5 em dezembro, o mesmo nível de novembro. Economistas previam que o indicador cairia para 55,0.

A Markit também anunciou que o índice PMI do setor de serviços da zona do euro diminuiu para 54,2 em dezembro, de 55,4 em novembro, ante a estimativa dos economistas de 53,7. Na segunda-feira, havia sido divulgada uma alta no PMI industrial do bloco, para 57,1 em dezembro, ante os 55,3 de novembro.

O crescimento na Alemanha e na França contrabalançou a fraqueza na Espanha e na Irlanda. O PMI de serviços da Alemanha se manteve em 59,2 em dezembro, mesmo número de novembro. Já o índice da França recuou de 55,0 para 54,9 no período. Na Itália, a terceira maior economia da zona do euro, o PMI de serviços veio fraco, com queda de 54,4 para 50,2. As informações são da Dow Jones.

Encomendas à indústria

As encomendas à indústria da zona do euro cresceram 1,4% em outubro de 2010, na comparação com setembro, e aumentaram 14,8% em relação a outubro de 2009, segundo informou hoje a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O avanço foi menor que o esperado pelos economistas, que previam alta mensal de 1 7% e anual de 18,5%.

A Eurostat também revisou os dados de setembro, mostrando que a queda, de 4,2%, foi mais forte que os 3,8% calculados anteriormente. Excluindo contratos voláteis para equipamentos de transporte pesado - como aeronaves -, as novas encomendas na zona do euro subiram 0,9% em outubro ante setembro. Os dados sobre a zona do euro englobaram os 16 países que integravam o bloco até o dia 1º de janeiro deste ano, antes de a Estônia entrar para o grupo.

Na Irlanda e na Espanha, as encomendas à indústria recuaram em outubro, enquanto na Grécia houve aumento de 9,5%, após queda de 15,8% em setembro. A indústria da Alemanha registrou alta de 1 4%, enquanto a da França teve alta de 2,3%. A indústria da Itália registrou queda de 1,4% em outubro ante setembro.

Entre os 27 membros da União Europeia, as novas encomendas subiram 0,6% em outubro ante setembro e 14,3% em relação a outubro de 2009. No Reino Unido, houve queda mensal de 0,4% e alta anual de 12,0%. As informações são da Dow Jones.