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Povos têm direito de decidir futuro, diz presidente catalão

Artur Mas defendeu o direito dos povos de decidir seu futuro, após a justiça suspender consulta simbólica sobre independência

Presidente regional catalão Artur Mas: "estamos defendendo um direito natural, que é o direito de qualquer povo" (Albert Gea/Reuters)

Presidente regional catalão Artur Mas: "estamos defendendo um direito natural, que é o direito de qualquer povo" (Albert Gea/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 08h18.

Barcelona - O presidente regional catalão Artur Mas defendeu nesta quarta-feira o direito dos povos de decidir seu futuro, depois que a justiça suspendeu uma consulta simbólica sobre a independência prevista para domingo, o que provocou uma grande tensão com Madri.

"Estamos defendendo um direito natural, que é o direito de qualquer povo decidir. Todos os povos têm o direito de decidir seu futuro", declarou Mas, líder da coalizão nacionalista conservadora CiU, antes de destacar que os catalães não estão contra ninguém e desejam apenas "ter o próprio projeto".

O Tribunal Constitucional suspendeu na terça-feira, depois de aceitar um recurso do governo espanhol, a consulta alternativa ao referendo de consulta sobre a independência desta região espanhola, convocada inicialmente e também suspensa pelo Alto Tribunal em outubro, que aceitou outro recurso de Madri.

Apesar da segunda suspensão, Mas afirmou nesta quarta-feira que o projeto de consulta segue adiante.

"Estamos no campo de defender direito fundamentais, amparados em leis básicas: liberdade ideológica, direito de participação e direito à expressão".

"Com o objetivo de proteger estes direitos e de que a cidadania da Catalunha possa se expressar e dar sua opinião em 9 de novembro. O governo deve manter o processo de participação", insistiu o presidente regional catalão.

Batizada de "processo de participação cidadã", a votação será organizada por 41.000 voluntários coordenados pelo governo da Catalunha. O processo não terá um registro prévio e os cidadãos devem se inscrever em um local de votação. O processo não será supervisionado por nenhuma junta eleitoral.

Caso ignorem o tribunal, 5,4 dos 7,5 milhões de catalães poderão votar para responder às duas perguntas: "Quer que a Catalunha se converta em um Estado? Em caso afirmativo, quer que este Estado seja independente?".

"Tem muito valor político, mas não é um referendo", insistiu Mas.

"É um processo que tenta conhecer a opinião do povo da Catalunha sobre o futuro político do país".

"Peço a todos que participem em 9 de novembro, defendendo sua posição pessoal, mas sabendo que está defendendo um país inteiro", concluiu.

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