Lado inovador do projeto não é limitado apenas pelo uso de energia limpa, mas também relacionado à fonte de produção (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 15h31.
São Paulo - Batizada como Energyme, esta luminária é basicamente uma lâmpada de rua artisticamente concebida com LED. Mas, além do apelo estético, o mecanismo sustentável que alimenta a lâmpada é o fator que chama a atenção.
Os designers da Dido Studio, empresa de design industrial e interação com sede em Dallas (EUA), criaram um sistema onde as luminárias serão alimentadas pela energia cinética, que é uma das grandezas físicas básicas onipresentes em nossa vida cotidiana.
Sempre que se trata de tecnologia verde, as mais convencionais são as fontes eólica e solar. Estatisticamente falando, essas formas de energia contribuem para mais de 18 % da geração total de eletricidade no mundo inteiro.
Isso não significa, necessariamente, que a tecnologia verde não possa evoluir e tornar outras fontes renováveis mais populares. Pensando nisso, a Dido Studio revelou seu plano para um mecanismo de iluminação sustentável, que tem o potencial de ultrapassar o âmbito aparentemente definido na tecnologia favorável ao meio ambiente.
Uma vez que a energia cinética é governada pela magnitude do movimento puro não há margem para qualquer emissão de carbono ou poluição relacionada em todo o esquema. Assim, ela pode ser considerada (pelo menos do ponto de vista da física) como uma das mais “verdes” e limpas formas de energia disponíveis.
O lado inovador do projeto não é limitado apenas pelo uso de energia limpa, mas também relacionado à fonte de produção. A este respeito, os designers pensaram em um sistema coletivo auto-sustentável que envolve diretamente as pessoas utilizando os postes de rua.
A iluminação funciona da seguinte maneira: dispositivos elétricos da lâmpada também servem como instalações de exercício para as pessoas. Teoricamente, o procedimento de treino (pelo movimento da barra de mão) irá produzir a magnitude necessária de movimento (e, portanto, de energia, cinética), que por sua vez será armazenada no interior do mecanismo de fixação e depois convertida em energia elétrica para o efeito final - que é iluminação. Assim, em termos mais simples, a energia "biológica" do ser humano (em termos de calorias) irá finalmente ser convertida em eletricidade limpa e verde.
A iluminação é feita com diodos emissores de luz (mais conhecido como LEDs), que têm inúmeras vantagens sobre os sistemas de iluminação convencionais. Eles utilizam o efeito de eletro-luminescência, que está diretamente relacionada à capacidade que os elétrons livres têm de se combinar com 'buracos de elétrons’ dentro do dispositivo LED para liberar partículas de luz.
Este fenômeno permite que os LEDs sejam pequenos, em tamanho muitas vezes menor que um milímetro quadrado. Além disso, em comparação com fontes de luz incandescentes, eles exigem menor consumo de energia e, geralmente, têm vida útil mais longa, com igual medida de resistência.
O projeto não só economiza energia através de armazenamento de energia cinética humana, mas também incentiva as pessoas a praticarem exercícios físicos e melhorarem sua saúde.
Os designers do Energyme ainda procuram parceiros para tornar o conceito realidade.