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Portugueses criam lava-louça que separa a gordura da lavagem

Resíduos, que são altamente poluentes, podem ser usados para produzir biodiesel

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 15h01.

São Paulo - O "GreenBox" é um dos projetos que estará em destaque no Dia da Inovação, que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) promove nesta quarta-feira (16), em Vila Real, Portugal, para divulgar a investigação que se desenvolve na academia transmontana.

Coordenado pelo professor e investigador João Barroso, o projeto visa a criação de uma caixa que fará a separação da gordura presente na água das lavagens. Os resíduos, que são altamente poluentes, criam problemas graves nas estações de tratamento de águas residuais.

"A Greenbox é colocada debaixo da pia e o objetivo é que a água saia para o sistema de saneamento e a gordura fique acumulada", explicou o responsável pela criação.

A ideia é que esta gordura também seja recolhida "em tempo útil", para que possa ser aproveitada para a produção de biodiesel.

No momento, a caixa está sendo desenvolvida para restaurantes e unidades hoteleiras, mas, segundo o professor, mais tarde o invento deverá ser aproveitado em condomínios.

Os investigadores adaptaram a tecnologia utilizada de um projeto anterior, o “Smart Container”, patenteado no final de 2008, cujo protótipo conquistou o quarto lugar no Imagine Cup - concurso de tecnologia da Microsoft, do mesmo ano.


Para a "GreenBox", os técnicos estão desenvolvendo também um sistema de gestão com vista à criação de uma rota otimizada de recolha dos recipientes de óleos alimentares usados e destas caixas de gordura. Além disso, a Universidade está desenvolvendo um "hardware” para monitorar os recipientes de recolha do óleo usado que avisa quando estão prontos para serem recolhidos.

"Oitenta por cento dos custos das empresas estão relacionados com a recolha dos óleos e resíduos. Com este sistema queremos fazer a recolha apenas quando houver uma quantidade de resíduo que o justifique", salientou Barroso.

O projeto da UTAD tem parceria com a empresa Filtaporto, com sede em Maia, e conta com um investimento de 450 mil euros, com participação no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

O investigador prevê que até ao final do ano letivo este produto possa estar disponível no mercado.

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