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Portugal investiga acidente de ônibus que deixou 11 mortos

O mal estado da estrada, o asfalto molhado e o fato de que parte dos passageiros não usava cinto de segurança na hora do acidente são algumas teses apontadas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 13h39.

Lisboa - A morte de 11 pessoas em um acidente de ônibus no domingo em Portugal tem comovido o país, cujas forças de segurança investigam as possíveis causas da maior tragédia lusa em estradas nos últimos 5 anos.

Um porta-voz da Guarda Nacional Republicana (GNR, um dos três corpos de segurança lusos e com uma presença em massa fora dos âmbitos urbanos), confirmou nesta segunda-feira à Agência Efe a abertura de uma investigação para esclarecer os detalhes do acidente e determinar os responsáveis.

O mal estado da estrada, o asfalto molhado e o fato de que parte dos passageiros não usava cinto de segurança na hora do acidente são algumas teses apontadas tanto por prefeitos das cidades vizinhas como por vários dos 33 feridos para explicar a gravidade do fato.

A companhia proprietária do veículo, a espanhola 'Ônibus Rabazo', se limitou a dizer aos meios de imprensa que o ônibus apresentava 'todas as condições de segurança' e destacaram a periculosidade do local onde aconteceu o acidente.

Técnicos de Estradas de Portugal - a empresa pública encarregada de cuidar das vias lusas - estiveram nesta segunda na IC8, na parte que cruza o município de Serta (distrito de Castelo Branco), para estudar o caso.

O ônibus caiu em um pequeno barranco em um longo trecho de descida, onde existem vários sinais que advertem que a estrada se encontra em obras.


No mesmo trecho, é proibido fazer ultrapassagens e a velocidade máxima permitida é de 70km/h.

O ônibus que transportava 44 pessoas, sete delas menores de idade, partiu da cidade de Portalegre com destino para Santa Maria da Feira, no norte do país, em uma viagem de cerca de 300 quilômetros.

O grupo tinha decidido alugar um ônibus para visitar o conhecido 'maior presépio do mundo' - que ocupa uma superfície de 2 mil metros quadrados e reúne 7 mil peças - motivo pelo qual saíram cedo, às 6h30 no horário local.

Está previsto que os funerais das vítimas mortais do acidente sejam realizados entre hoje e amanhã em Portalegre - município de onde são dez dos 11 mortos - segundo apontaram fontes municipais.

Entre os 30 feridos, vários estão internado na UTI de diferentes hospitais.

A imprensa portuguesa divulgou nesta segunda as críticas dos prefeitos de vários municípios pelos quais passa a rodovia IC8, que denunciaram a 'falta de segurança' da via após anos de atrasos nas obras.

Além disso, alguns feridos afirmaram que o ônibus não tinha cinto de segurança para todos os passageiros.

A tragédia de ontem é mais grave ocorrida com um ônibus em Portugal desde novembro de 2007, quando 17 pessoas morreram pelo choque entre um ônibus que transportava estudantes e um de turismo no mesmo distrito de Castelo Branco. 

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