O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, em uma coletiva de imprensa. Ele segura um bloco de anotações com uma nota que diz: "5.000 tropas para a Colômbia". O governo Trump anuncia sanções econômicas contra a Venezuela (Jim Young/ TPX Images of the day/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 07h36.
Washington - O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, escreveu em seu caderno "5 mil tropas para a Colômbia" durante a entrevista coletiva onde a Casa Branca anunciou sanções contra a companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).
Em uma ampliação de fotografias tiradas por vários meios de comunicação durante a entrevista, duas inscrições podem ser vistas no caderno de Bolton: a primeira diz "Afeganistão, bem-vindas as negociações" de paz com os talibãs, enquanto a segunda diz "5 mil tropas para a Colômbia".
Perguntada pela Agência Efe, a Casa Branca não deu explicações sobre o assunto.
A Colômbia é um dos principais aliados dos EUA na América Latina e seu governo, como o de Donald Trump, reconheceu como presidente legítimo da Venezuela o autoproclamado Juan Guaidó.
Embora Bolton não tenha feito nenhuma menção durante a entrevista sobre esse hipotético envio de tropas para a Colômbia, que faz fronteira com a Venezuela, pediu aos militares venezuelanos que apoiem Guaidó.
"Pedimos aos militares e forças de segurança venezuelanas que aceitem a transição do poder pacífico, democrático e constitucional", disse Bolton, que falou ao lado do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, que detalhou as sanções contra a PDVSA.
Desde que Guaidó se proclamou na semana passada presidente, os EUA aumentaram sua pressão contra o governo de Nicolás Maduro para que deixe o poder.
As sanções afetam US$ 7 bilhões em ativos da PDVSA nos Estados Unidos e, de acordo com o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, provocarão outros US$ 11 bilhões em perdas para a petrolífera ao longo do ano.
Mnuchin, por sua vez, explicou que "com efeito imediato, em qualquer compra de petróleo venezuelano, o dinheiro terá que ir para contas bloqueadas".