Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro (Buda Mende/Getty Images)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 21 de maio de 2024 às 15h21.
Última atualização em 21 de maio de 2024 às 17h55.
O setor de turismo deve retomar, em 2024, o volume de turistas internacionais e a contribuição para o PIB global que tinha antes da pandemia, aponta um relatório do Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta terça, 21.
O estudo, chamado TTDI (Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo, na sigla em inglês), aponta também quais países possuem mais condições de ampliar os negócios no setor. O Brasil aparece na 26ª posição neste ranking geral.
No topo da lista de países mais aptos para o desenvolvimento do turismo estão Estados Unidos, Espanha, Japão, França e Austrália. (Veja a lista completa mais abaixo).
Em 2019, antes da pandemia, os EUA, receberam 165 milhões de turistas estrangeiros ao longo do ano. O Brasil, apenas 6,3 milhões.
O TTDI é divulgado a cada dois anos, mas teve um intervalo maior por causa da pandemia, que travou o setor de turismo na maioria dos países, por causa das barreiras sanitárias e outras medidas para conter o espalhamento da Covid. A última edição do estudo foi em 2021, mas a metodologia foi modificada, o que dificulta comparações diretas.
Segundo o relatório, o Brasil tem como pontos fortes a riqueza de recursos naturais (5º lugar global), recursos culturais robustos (11º lugar) e competitividade em bons preços.
Na comparação com 2019, o Brasil teve melhora na estrutura de portos e transporte terrestre (de 103º para 98º lugar), mas se manteve estagnado na estrutura de transporte aéreo, em 46º lugar.
Outros pontos a melhorar para o país são o ambiente de negócios -o Brasil está em 98º, em segurança (110º lugar) e recursos humanos (72º lugar).
“É essencial reduzir a lacuna entre a capacidade de diferentes economias de construir um ambiente propício para que seu setor de viagens e turismo prospere”, disse Lis Tussyadiah, Professora e Diretora da Divisão de Gestão de Hospitalidade e Turismo da Universidade de Surrey, que também atua na elaboração do estudo. “O setor tem muito potencial para promover a prosperidade e mitigar os riscos globais, mas esse potencial só pode ser totalmente realizado implementando uma abordagem estratégica e inclusiva.”
Apesar destes pontos, o Brasil, mesmo em 26º lugar, está em melhor posição no ranking na América Latina, à frente de Chile (31º), México (38º) e Argentina (49º).
26. Brasil (4,41)