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Pompeo diz esperar que países que apoiam Maduro mudem de lado

O secretário de Estado americano acredita que será preciso que Maduro deixe a presidência para que a ajuda humanitária chegue à população venezuelana

Venezuela: manifestantes protestam nesta terça-feira contra o bloqueio da ajuda humanitária (Andres Martinez Casares/Reuters)

Venezuela: manifestantes protestam nesta terça-feira contra o bloqueio da ajuda humanitária (Andres Martinez Casares/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 14h31.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 14h32.

Praga — O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse nesta sexta-feira, na Eslováquia, que tem esperança que todos os países que apoiam o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mudem de lado e passem a respaldar Juan Guaidó.

"Espero que as nações restantes vejam isso, que toda a comunidade de nações retire seu apoio a Maduro e apoie as pessoas da Venezuela, onde as condições humanitárias são catastróficas", disse Pompeo.

O secretário de Estado está em visita oficial à Eslováquia e fez as declarações sobre a Venezuela após se reunir com o presidente do país, Andrej Kiska, e o primeiro-ministro, Peter Pellegrini.

Pompeo disse que a Casa Branca espera conseguir entregar a ajuda que está parada na cidade de Cúcuta, na Colômbia, que faz fronteira com a Venezuela, mas previu que será preciso que Maduro deixe o poder para que a assistência chegue à população venezuelana.

O chefe da diplomacia americana também projetou que 2 milhões de venezuelanos deixarão o país no futuro próximo, se somando aos mais de 3 milhões que fugiram do país desde o início da crise.

Pompeo deve se reunir com a alta representante de Política Externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, em Bruxelas, para conversar sobre os esforços dos Estados Unidos para restaurar a democracia na Venezuela e o apoio a Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país desde 23 de janeiro.

Na capital eslovaca, Pompeo ressaltou a vontade do governo americano de fortalecer os vínculos com a UE, em um sistema de "livre mercado", onde todos possam competir em condições iguais.

Antes da reunião com o presidente e o primeiro-ministro da Eslováquia, Pompeo participou de uma cerimônia na Porta da Liberdade, monumento em homenagem às vítimas do comunismo.

"Trinta anos se passaram desde que vocês se libertaram do regime soviético e entraram na Otan. E essa aliança se construiu sobre valores comuns que são agora, quando a agressão russa os afeta, muito mais importantes", disse Pompeo em discurso.

"A Rússia tenta expandir sua influência e a China também", destacou Pompeo, reiterando um alerta feito ontem, em Budapeste, primeira escala de uma excursão do secretário de Estado pela Europa.

Pompeo parte hoje para Varsóvia, na Polônia, onde, além de reuniões com as autoridades do país, participará de uma cúpula que discutirá o conflito entre Israel e Palestina.

A viagem do secretário de Estado dos EUA, que tem como principal objetivo diminuir a influência de russos e chineses na região, tem mais duas escalas: uma na Bélgica e outro na Islândia.

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