O congressista democrata Chaka Fattah: o político está supostamente envolvido em uma rede de fraude de grande alcance (Michael Buckner/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 18h25.
Washington - A Justiça dos Estados Unidos indiciou nesta quarta-feira o congressista democrata Chaka Fattah e quatro de seus colaboradores acusados de apropriar-se de centenas de milhares de dólares de fundos públicos ou destinados a obras de caridade e campanhas políticas com o objetivo de fortalecer seus interesses políticos e financeiros.
Fattah, que representa um dos distritos da Pensilvânia na Câmara dos Representantes, está supostamente envolvido em uma rede de fraude de grande alcance, que incluiu subornos, uso ilegal de fundos e começou em 2007 quando o legislador empreendeu uma fracassada campanha política para se tornar prefeito da Filadélfia.
Segundo o Departamento de Justiça informou em comunicado, em 2007 Fattah e seus cúmplices supostamente receberam US$ 1 milhão de um doador, fazendo esses fundos passarem por um empréstimo a uma empresa de consultoria e, ao não chegar à prefeitura, devolveram a sua doadora os US$ 400 mil que não tinham utilizado na campanha.
Os outros US$ 600 mil foram devolvidos através de uma entidade sem fins lucrativos dedicada a ajudar estudantes a chegar ao ensino superior, que estava sob seu controle e que obtinha seus fundos de doações de caridade e subsídios federais, segundo a procuradoria.
A acusação sustenta que Fattah, de 58 anos, e seus cúmplices criaram contratos fictícios e falsificaram registros contábeis, assim como declarações de impostos para conseguir ocultar as diferentes fraudes que supostamente realizaram durante anos.
Além disso, entre 2007 e 2011 o legislador se apropriou de fundos de suas campanhas políticas para pagar a dívida dos estudos de seu filho, segundo a procuradoria.
Os envolvidos, sobre os quais pesam 29 acusações, são, além do congressista, o lobista Herbert Vederman++, de 69 anos e procedente de Palm Beach (Flórida); um dos colaboradores do congressista, Bonnie Bowser, de 59 anos e original da Filadélfia; Robert Brand, de 69 anos e também desta cidade; e por último Karen Nicholas, de 57 anos e de Nova Jersey.
"Quando os funcionários eleitos traem a confiança depositada nele pelo público, a Justiça fará todo o possível para assegurar-se que têm que prestar contas", advertiu a auxiliar do procurador-geral Leslie R. Caldwell.
"A corrupção pública tem um alto preço em nossa democracia porque solapa a crença básica que os líderes eleitos estão comprometidos com o serviço ao interesse público e não ocupam seu posto para encher os bolsos", concluiu.