Exame Logo

Política do filho único na China afeta comportamento

Segundo estudo, essa política de natalidade criou uma geração menos confiante, mais relutante ao risco e menos empreendedora

Um bebê chinês no colo da mãe participa de manifestação em Pequim: a pesquisadora advertiu que estas mudanças no comportamento podem ter consequências econômicas (Goh Chai Hin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 09h27.

Sydney - A política do filho único criou uma geração na China de gente menos confiante, mais relutante ao risco e menos empreendedora, segundo um estudo australiano divulgado nesta sexta-feira.

O estudo, publicado na revista Science e realizado com mais de 400 moradores de Pequim nascidos na época da introdução da política do filho único, pode ter consequências na economia da China, dizem os autores.

"Descobrimos que as pessoas que cresceram como filho único como resultado da política do filho único são significativamente menos confiantes, menos confiáveis, mais relutantes ao risco, menos competitivas, mais pessimistas e menos conscienciosas", explicou o pesquisador da Universidade de Melbourne Nisvan Erkal.

A China introduziu a política do filho único em 1979 para combater o crescimento da população. Os responsáveis pelo planejamento familiar a defenderam, já que, do contrário, em vez de 1,3 bilhão de habitantes, a segunda potência econômica mundial teria agora 1,7 bilhão.

Mas o novo estudo, "Pequenos imperadores: Impactos no comportamento da política do filho único", baseado na pesquisa de Erkal, e acadêmicos da Universidade Nacional Australiana descobriram que o filho único é um grupo diferente.

Os acadêmicos utilizaram uma série de "jogos econômicos", nos quais as pessoas trocavam ou investiam pequenas quantidades de dinheiro, ou tomavam outras decisões econômicas para medir seus níveis de confiabilidade, capacidade de assumir riscos e competitividade.


Compararam os que cresciam como filho único com os que tinham irmãos.

"Analisamos outros fatores que podem explicar esta mudança, incluindo a idade dos participantes, o estado civil e a crescente exposição ao capitalismo", disse Erkal, professor associado.

"Mas descobrimos que ter nascido antes ou depois da política do filho único explicava nossas observações".

A pesquisadora Lisa Cameron da Universidade de Monash advertiu que estas mudanças no comportamento podem ter consequências econômicas.

"Nossa informação mostra que as pessoas nascidas após a política do filho único são menos propensas a realizar atividades de mais alto risco, como o trabalho por conta própria", disse.

"Razão pela qual (esta política) pode ter consequências para a China quanto à capacidade empresarial".

Veja também

Sydney - A política do filho único criou uma geração na China de gente menos confiante, mais relutante ao risco e menos empreendedora, segundo um estudo australiano divulgado nesta sexta-feira.

O estudo, publicado na revista Science e realizado com mais de 400 moradores de Pequim nascidos na época da introdução da política do filho único, pode ter consequências na economia da China, dizem os autores.

"Descobrimos que as pessoas que cresceram como filho único como resultado da política do filho único são significativamente menos confiantes, menos confiáveis, mais relutantes ao risco, menos competitivas, mais pessimistas e menos conscienciosas", explicou o pesquisador da Universidade de Melbourne Nisvan Erkal.

A China introduziu a política do filho único em 1979 para combater o crescimento da população. Os responsáveis pelo planejamento familiar a defenderam, já que, do contrário, em vez de 1,3 bilhão de habitantes, a segunda potência econômica mundial teria agora 1,7 bilhão.

Mas o novo estudo, "Pequenos imperadores: Impactos no comportamento da política do filho único", baseado na pesquisa de Erkal, e acadêmicos da Universidade Nacional Australiana descobriram que o filho único é um grupo diferente.

Os acadêmicos utilizaram uma série de "jogos econômicos", nos quais as pessoas trocavam ou investiam pequenas quantidades de dinheiro, ou tomavam outras decisões econômicas para medir seus níveis de confiabilidade, capacidade de assumir riscos e competitividade.


Compararam os que cresciam como filho único com os que tinham irmãos.

"Analisamos outros fatores que podem explicar esta mudança, incluindo a idade dos participantes, o estado civil e a crescente exposição ao capitalismo", disse Erkal, professor associado.

"Mas descobrimos que ter nascido antes ou depois da política do filho único explicava nossas observações".

A pesquisadora Lisa Cameron da Universidade de Monash advertiu que estas mudanças no comportamento podem ter consequências econômicas.

"Nossa informação mostra que as pessoas nascidas após a política do filho único são menos propensas a realizar atividades de mais alto risco, como o trabalho por conta própria", disse.

"Razão pela qual (esta política) pode ter consequências para a China quanto à capacidade empresarial".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComportamentoFamília

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame