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Polícia suíça prende dois dirigentes da Fifa em escândalo

Os dois dirigentes presos, seus representantes e suas federações não estavam disponíveis de imediato para comentarem


	O presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout: os dois dirigentes e seus representantes não estavam disponíveis de imediato para comentarem
 (REUTERS/Jorge Adorno)

O presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout: os dois dirigentes e seus representantes não estavam disponíveis de imediato para comentarem (REUTERS/Jorge Adorno)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h35.

Zurique/Nova York - A polícia da Suíça prendeu o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, e o presidente em exercício da Concacaf, Alfredo Hawit, por suspeitas de terem recebido milhões de dólares em subornos relacionados a direitos de transmissão de eventos esportivos, aprofundando uma investigação de corrupção na Fifa.

Os dirigentes foram colocados sob custódia e aguardam uma decisão sobre sua extradição para os Estados Unidos, após as operações realizadas na madrugada desta quinta-feira a pedido do Departamento de Justiça norte-americano.

"As autoridades de alto escalão da Fifa supostamente receberam dinheiro em troca da venda de direitos de marketing relacionados a torneios na América Latina, assim como a partidas eliminatórias da Copa do Mundo", disse a Justiça Federal da Suíça em comunicado.

Os dois dirigentes presos, seus representantes e suas federações não estavam disponíveis de imediato para comentarem.

Também nesta quinta-feira, o Comitê de Ética da Fifa anunciou a abertura de procedimentos contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero.

O antecessor dele, José Maria Marin, foi preso numa operação anterior das autoridades suíças e extraditado para os Estados Unidos para responder a acusações de corrupção.

O New York Times citou autoridades da lei segundo as quais nem Joseph Blatter, presidente de longa data da Fifa atualmente suspenso, nem Jérôme Valcke, seu vice também afastado, estão entre os acusados nesta quinta-feira.

Os dois foram suspensos por uma comissão ética da Fifa, assim como Michel Platini, chefe da Uefa. Nenhum deles foi acusado de nenhum crime, e todos negam qualquer irregularidade.

A avalanche de alegações de corrupção envolvendo a Fifa levou Blatter a anunciar em junho que iria renunciar, poucos dias depois de ser reeleito para um quinto mandato. A Fifa deve eleger seu sucessor em fevereiro próximo.

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