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Polícia não encontra restos mortais na casa do sequestro

Os investigadores encontraram correntes e cordas que eram utilizadas para prender as três mulheres que ficaram em cativeiro durante dez anos

Agentes do FBI inspecionam a casa onde três mulheres foram encontradas após desaparecerem por cerca de uma década, em Cleveland, nos Estados Unidos (REUTERS / John Gress)

Agentes do FBI inspecionam a casa onde três mulheres foram encontradas após desaparecerem por cerca de uma década, em Cleveland, nos Estados Unidos (REUTERS / John Gress)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 13h56.

Washington - Os investigadores que vasculham a casa em Cleveland onde três mulheres permaneceram sequestradas por uma década encontraram correntes e cordas que eram utilizadas para prendê-las, mas por enquanto não detectaram restos mortais.

O diretor de segurança pública de Cleveland, Marty Flask, indicou em entrevista à emissora "ABC" que por enquanto não foram encontrados restos humanos na casa de Ariel Castro, que foi detido junto com seus irmãos Pedro e Onil.

Por outro lado, o chefe da Polícia da cidade de Cleveland, Richard McGrath, apontou à "NBC" que foram achadas correntes e cordas que serviriam para limitar os movimentos das três vítimas: Amanda Berry (27), desaparecida em 2003; Gina DeJesus (23), sequestrada em 2004, e Michelle Knight (32), atacada em 2002.

McGrath disse que serão conhecidos mais detalhes quando forem completados os depoimentos das sequestradas, mas adiantou que "de vez em quando elas podiam sair ao pátio traseiro".

"Seu estado físico era muito bom, considerando as circunstâncias", explicou McGrath, que explicou que as três mulheres não demonstravam sinais de desnutrição, como alguns meios informaram.

Amanda, Gina e Michelle desapareceram entre 2002 e 2004 e podem ter passado todo esse tempo sequestradas na casa de Ariel Castro, onde os investigadores seguem coletando pistas sobre o sistema que as manteve escondidas.


Amanda chegou a dar à luz uma menina que hoje tem 6 anos e que também foi resgatada na segunda-feira. Quando a menina saía à rua, era apresentada por Ariel Castro como sua neta ou filha, segundo os testemunhos de vizinhos.

McGrath também negou que a Polícia tenha registros de denúncias de vizinhos sobre comportamentos estranhos dentro da casa.

Uma vizinha dos Castro indicou que há cerca de dois anos ligou para a Polícia e informou que vira uma mulher nua engatinhando pelo pátio traseiro da casa antes que um homem a obrigasse a entrar no imóvel novamente.

Outro vizinho informou em novembro de 2011 que ouvira ruídos estranhos vindos da casa e assinalou que as janelas eram cobertas com panos escuros. Na ocasião, a Polícia chegou a ir ao imóvel, mas foi embora após não receber respostas, segundo a testemunha.

Em entrevista coletiva ontem, as autoridades indicaram que não receberam pistas da vizinhança sobre o sequestro nos últimos 11 anos e que só têm registros de dois incidentes relacionados com a casa, um em 2000 e outro em janeiro 2004, quando duas das três mulheres já estavam desaparecidas. 

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