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Polícia mexicana encontra corpos de fotógrafos em Michoacán

As vítimas, identificadas como Arturo Barajas López e José Antonio Aguilar López, de 46 e 26 anos, respectivamente, foram torturadas e assassinadas a tiros


	Policiais mexicanos: cadáveres foram localizados no porta-malas de um veículo
 (Pedro Pardo/AFP)

Policiais mexicanos: cadáveres foram localizados no porta-malas de um veículo (Pedro Pardo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 20h55.

Morelia (México) - As autoridades mexicanas encontraram os corpos de dois fotógrafos, assassinados no último final de semana, em um veículo abandonado na zona rural do estado de Michoacán, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

As vítimas, identificadas como Arturo Barajas López e José Antonio Aguilar López, de 46 e 26 anos, respectivamente, foram torturadas e assassinadas a tiros, disse à Agência Efe uma fonte da Procuradoria Geral de Justiça do Estado (PGJE).

Ambos os cadáveres foram localizados no porta-malas de um veículo com placa do Distrito Federal que estava abandonado na zona rural Tinaja de Vargas, no município de Ecuandureo, no domingo.

Tinaja de Vargas, cidade localizada a 145 quilômetros de Morelia, capital de Michoacán, é considerada uma zona perigosa pela Polícia por conta da presença de grupos armados a serviço do narcotráfico.

Arturo Barajas e José Antonio Aguilar se dedicavam principalmente a fotografar festas privadas, embora o primeiro deles também fotografava imagens de acidentes de trânsito.

As fotografias eram entregues ao ''Diário de Zamora'', cuja linha editorial privilegia comunicados oficiais da Prefeitura e do Governo estadual.

Juan Carlos Pérez Chávez, presidente da Associação de Jornalistas do Vale de Zamora (Aspevaza), disse que era comum observar ambos os fotógrafos oferecendo seus serviços nas praças de Zamora. No entanto, nenhum dos dois estava filiado à Aspevaza, que também engloba jornalistas de outros municípios próximos.


A PGJE indicou que ainda não há avanços nas investigações dos homicídios, registrados em um violento fim de semana em Michoacán, onde 15 pessoas perderam a vida em ações do crime organizado.

O Governo mexicano deslocou um efetivo de mil policiais federais à região na semana passada para reforçar a luta contra os cartéis das drogas.

A organização criminal dos Cavalheiros Templários, que nasceu em março de 2011, controla a produção de drogas em Michoacán e estende sua influência a outras regiões do país.

Michoacán conta com um litoral de 270 quilômetros no Pacífico, que também é aproveitado pelos narcotraficantes para negociar cocaína desde América do Sul aos Estados Unidos.

Neste final de semana, também foi assassinado, no norte do México, o fotógrafo Ernesto Araujo Calo, colaborador da seção de sociais do jornal '' El Heraldo de Chihuahua'', em uma tentativa de assalto.

O México registrou 27.199 homicídios em 2011, o número mais alto durante o mandato do presidente Felipe Calderón (2006-2012), de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi),

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