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Polícia mantém presos cinco acusados por massacre no Quênia

A polícia queniana mantém cinco pessoas presas depois do ataque de setembro passado no shopping Westgate de Nairóbi

Queniano acende uma vela ao lado de uma lista de vítimas do massacre: pelo menos 67 pessoas foram mortas no ataque (Simon Maina/AFP)

Queniano acende uma vela ao lado de uma lista de vítimas do massacre: pelo menos 67 pessoas foram mortas no ataque (Simon Maina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 12h04.

Nairóbi - A polícia queniana mantém cinco pessoas presas depois do ataque de setembro passado no shopping Westgate de Nairóbi, revelou um alto oficial nesta terça-feira, acrescentando que espera poder acusá-los formalmente em breve.

Pelo menos 67 pessoas foram mortas no ataque ao shopping de luxo, que foi reivindicado pelos insurgentes Shebab, da Somália, grupo ligado à Al Qaeda.

Ndegwa Muhoro, chefe do Departamento de Investigação Criminal da Polícia do Quênia, disse a jornalistas que as investigações ainda estavam em curso, com a análise de trocas de mensagens realizadas entre celulares nos dias anteriores ao cerco de quatro dias, que começou em 21 de setembro.

"Nós queríamos formalizar a acusação contra cinco dos terroristas no tribunal na segunda, mas decidimos investigar primeiro uma troca de mensagens ocorrida em 17 de setembro. Há várias questões que necessitam de investigação minuciosa. Por isso, não podemos correr para o tribunal”, disse.

Porém, supõe-se que todos os atiradores - totalizando apenas quatro, e não os doze que as forças de segurança haviam relatado inicialmente – tenham morrido durante o ataque.

"A Interpol também está nos ajudando nas investigações, incluindo a análise de quatro corpos que suspeita-se que são de terroristas", afirmou Muhoro.


Um telefonema para a Noruega foi feito durante o ataque, acrescentou o representante da polícia.

Um cidadão norueguês de origem somali é suspeito de ser um dos criminosos. Trata-se de um de jovem de 23 anos de idade, que é chamado pela mídia de Hassan Abdi Dhuhulow.

A agência de inteligência norueguesa PST afirmou que investigou relatos sobre o possível envolvimento de um norueguês de origem somali, tanto no planejamento quanto na execução do ataque, mas se recusou a comentar se Dhuhulow estaria de fato envolvido.

Testemunhas do ataque no shopping descreveram como os combatentes invadiram o complexo lotado, arremessando granadas contra clientes e funcionários.

Os terroristas executaram friamente dezenas de pessoas e as testemunhas contam que, em alguns casos, eles não pouparam os feridos, matando-os à queima-roupa.

Enquanto isso, o chefe do exército do Quênia, Julius Karangi, afirmou que dois soldados foram demitidos por terem saqueado lojas durante o massacre, estando um terceiro sob investigação.

Donos de lojas - incluindo uma joalheria e locais de venda de celulares, relógios, máquinas fotográficas, ternos caros e lingerie – disseram que suas lojas foram completamente saqueadas.

"As acusações dos saques realizados por soldados da KDF (Força de Defesa do Quênia) são muito graves e nos comprometemos a realizar uma investigação completa", disse Karangi a jornalistas.

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