Polícia investiga vínculo de atentado no FMI com caso de Berlim
O presidente francês apontou que "há semelhanças" entre os dois incidentes, em alusão ao pacote com material explosivo interceptado ontem na Alemanha
EFE
Publicado em 16 de março de 2017 às 14h39.
Paris - Os investigadores franceses tentam determinar se a carta-bomba que feriu uma pessoa nesta quinta-feira na sede do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) em Paris está relacionada com um pacote com material explosivo interceptado ontem no Ministério de Finanças da Alemanha, em Berlim.
O presidente francês, François Hollande, que se referiu ao fato como um atentado, declarou à imprensa que pretende "apurar as causas do ocorrido em Paris no marco de uma investigação internacional".
Hollande apontou que "há semelhanças" com o incidente em Berlim, em alusão ao pacote com material explosivo que foi interceptado no Ministério de Finanças e que, segundo as forças de segurança alemãs, poderia ter causado "ferimentos de consideração" em quem o tivesse aberto.
Fontes da Procuradoria Antiterrorista de Paris, que dirige as investigações das quais se ocupam agentes da Subdireção Antiterrorista (SDAT) e da Direção Geral da Segurança Interior (DGS, os serviços secretos), declararam à Agência Efe que "não se pode ignorar o que aconteceu na Alemanha".
Em Paris, uma mulher ficou ferida levemente no rosto e nas mãos pela deflagração na sede do FMI - que divide o edifício com o Banco Mundial -, segundo o chefe de polícia da capital francesa, Michel Cadot.
A Procuradoria Antiterrorista ainda não deu pistas sobre a origem do envelope explosivo.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, manifestou em comunicado sua "profunda comoção por este ato de violência" no edifício que compartilham com o FMI e ofereceu seu apoio aos funcionários deste organismo.
Hollande, por sua vez, reafirmou que manterá até o dia 15 de julho o estado de emergência, decretado na França por ocasião dos atentados jihadistas de Paris de 13 de novembro de 2015.