Mundo

Polícia investiga ataque em escola sueca como crime racista

"O que constatamos a partir das declarações das testemunhas é que escolheu as vítimas por sua origem étnica", declarou chefe da investigação policial


	Memorial para as vítimas do ataque na escola Kronan, na Suécia: a escola de Kronan, onde aconteceram os fatos, conta com uma grande proporção de alunos de origem estrangeira
 (Reuters / Adam Ihse)

Memorial para as vítimas do ataque na escola Kronan, na Suécia: a escola de Kronan, onde aconteceram os fatos, conta com uma grande proporção de alunos de origem estrangeira (Reuters / Adam Ihse)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 08h00.

Copenhague - A Polícia da Suécia investiga nesta sexta-feira o ataque de um mascarado com arma branca em uma escola em Trollhättan (sudoeste do país), no qual morreram três pessoas, como um crime com motivação racista.

"Constatamos que se trata de um crime de ódio com rasgos racistas. O que constatamos a partir das declarações das testemunhas é que escolheu as vítimas por sua origem étnica", declarou a televisão pública "SVT" Niklas Hallgren, chefe da investigação policial.

Para sustentar essa teoria a Polícia, que ontem matou o agressor, se apoia também em vários achados em seu apartamento, que não foram especificados; e em sua vestimenta (usava um capacete similar ao dos soldados nazistas na Segunda Guerra Mundial).

A Polícia não encontrou conexões com ambientes de extrema-direita ou nazistas, embora meios de imprensa suecos disseram ontem à noite que simpatizava com grupos dessa ideologia e anti-imigração.

O jovem de 21 anos e residente em Trollhättan, que segundo revelaram vários jornais se chamava Anton Lundin-Petterson, publicou em sua conta no YouTube vídeos de um blogueiro neofascista sueco e filmes que glorificam Adolf Hitler e a Alemanha nazista.

Em seu perfil da rede social Facebook apoiou, além disso, a campanha do ultradireitista Democratas da Suécia, terceira força parlamentar, por um referendo contra a imigração.

A escola de Kronan, onde aconteceram os fatos, conta com uma grande proporção de alunos de origem estrangeira.

Acompanhe tudo sobre:EscolasEuropaMortesPaíses ricosPreconceitosRacismoSuécia

Mais de Mundo

Alta tecnologia e inovação global: destaques da exposição internacional em Shenzhen

França utiliza todos os recursos para bloquear acordo UE-Mercosul, diz ministro

Por que a economia da Índia se mantém firme em meio a riscos globais?

Banco Central da Argentina coloca cédula de 20 mil pesos em circulação