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Polícia grega recebeu ordem de não agir em assassinato

Unidade da polícia presente no local onde rapper morreu esfaqueado após ser perseguido por neonazistas recebeu ordens de não intervir

Membro do partido de extrema direita Amanhecer Dourado é preso: diálogo vazado revelou um diálogo entre o comando da polícia e a patrulha presente no local (Giorgos Moutafis/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 11h38.

Atenas - Uma unidade da polícia grega presente no local onde o rapper Pavlos Fyssas morreu esfaqueado após ser perseguido por um grupo de seguidores do partido neonazista Amanhecer Dourado recebeu ordens de não intervir.

Um diálogo vazado pela investigação e publicado pela imprensa local revelou um diálogo entre o comando da polícia e a patrulha presente no local.

Na conversa, os agentes relataram ao comando que "cerca de 20 pessoas" estavam "perseguindo" as vítimas e portavam "facas e paus". "São do Amanhecer Dourado e nos informaram que tiveram uma briga" com anarquistas, explicaram os policiais. "Estamos perto. Tentamos acalmar os ânimos", comunicou um agente da patrulha.

No entanto, o comando da polícia ordenou à unidade que não atuasse e apenas relatasse o que estava ocorrendo, alegando que "outras unidades da polícia" estavam se encaminhando para o local.

As patrulhas e inclusive a ambulância solicitada pela patrulha não chegaram e o jovem artista foi ferido e não resistiu.

Fyssas foi assassinado em 18 de setembro por Yorgos Rupakias, militante do partido neonazista Amanhecer Dourado, que conta com 18 cadeiras no Parlamento.


Segundo a reconstituição dos fatos, Rupakias foi para o local do crime após receber uma ligação, supostamente de um grupo de neonazistas que se encontrava na mesma cafeteria que a vítima e quatro amigos.

Ao deixar o local, Fyssas e seus colegas se encontraram com um grupo de cerca de vinte "camisas negras" -o grupo de choque do Amanhecer Dourado- que os estavam esperando na saída e começaram a persegui-los.

O ataque fatal com a faca foi desferido por Rupakias, quem se aproximou de Fyssas em um carro.

Rupakias foi detido por uma jovem agente da polícia, que atuou diante da inação de seus companheiros.

Em comunicado, o comando da polícia explicou que os agentes "atuaram de acordo com as normas aceitas internacionalmente" e se mostrou disposta a cooperar com a justiça para esclarecer por que a patrulha não atuou.

Após o assassinato de Fyssas foi aberta uma investigação sem precedentes sobre as supostas "atividades criminosas" do Amanhecer Dourado e de nove deputados neonazistas.

Além disso, dezenas de autoridades locais e agentes de segurança foram acusados de assassinato, agressão e lavagem de dinheiro.

Deste grupo, seis parlamentares estão em prisão preventiva, entre eles o líder da bancada, Nikolaos Mijaloliakos.

O Amanhecer Dourado declarou que não tem relação com o assassinato de Fyssas, apesar das várias imagens nas quais Rupakias aparece com a camisa do partido ao lado de dirigentes do grupo e de várias testemunhas o terem identificado com um importante membro da organização.

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Atenas - Uma unidade da polícia grega presente no local onde o rapper Pavlos Fyssas morreu esfaqueado após ser perseguido por um grupo de seguidores do partido neonazista Amanhecer Dourado recebeu ordens de não intervir.

Um diálogo vazado pela investigação e publicado pela imprensa local revelou um diálogo entre o comando da polícia e a patrulha presente no local.

Na conversa, os agentes relataram ao comando que "cerca de 20 pessoas" estavam "perseguindo" as vítimas e portavam "facas e paus". "São do Amanhecer Dourado e nos informaram que tiveram uma briga" com anarquistas, explicaram os policiais. "Estamos perto. Tentamos acalmar os ânimos", comunicou um agente da patrulha.

No entanto, o comando da polícia ordenou à unidade que não atuasse e apenas relatasse o que estava ocorrendo, alegando que "outras unidades da polícia" estavam se encaminhando para o local.

As patrulhas e inclusive a ambulância solicitada pela patrulha não chegaram e o jovem artista foi ferido e não resistiu.

Fyssas foi assassinado em 18 de setembro por Yorgos Rupakias, militante do partido neonazista Amanhecer Dourado, que conta com 18 cadeiras no Parlamento.


Segundo a reconstituição dos fatos, Rupakias foi para o local do crime após receber uma ligação, supostamente de um grupo de neonazistas que se encontrava na mesma cafeteria que a vítima e quatro amigos.

Ao deixar o local, Fyssas e seus colegas se encontraram com um grupo de cerca de vinte "camisas negras" -o grupo de choque do Amanhecer Dourado- que os estavam esperando na saída e começaram a persegui-los.

O ataque fatal com a faca foi desferido por Rupakias, quem se aproximou de Fyssas em um carro.

Rupakias foi detido por uma jovem agente da polícia, que atuou diante da inação de seus companheiros.

Em comunicado, o comando da polícia explicou que os agentes "atuaram de acordo com as normas aceitas internacionalmente" e se mostrou disposta a cooperar com a justiça para esclarecer por que a patrulha não atuou.

Após o assassinato de Fyssas foi aberta uma investigação sem precedentes sobre as supostas "atividades criminosas" do Amanhecer Dourado e de nove deputados neonazistas.

Além disso, dezenas de autoridades locais e agentes de segurança foram acusados de assassinato, agressão e lavagem de dinheiro.

Deste grupo, seis parlamentares estão em prisão preventiva, entre eles o líder da bancada, Nikolaos Mijaloliakos.

O Amanhecer Dourado declarou que não tem relação com o assassinato de Fyssas, apesar das várias imagens nas quais Rupakias aparece com a camisa do partido ao lado de dirigentes do grupo e de várias testemunhas o terem identificado com um importante membro da organização.

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