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Polícia faz buscas em casas de governador peruano

O governador Félix Moreno é acusado de receber 4 milhões de dólares para garantir que a Odebrecht ganhasse em 2014 um contrato de obra em estradas

Odebrecht: os procuradores buscam documentos para sua investigação sobre suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro contra Moreno (Janine Costa/Reuters)

Odebrecht: os procuradores buscam documentos para sua investigação sobre suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro contra Moreno (Janine Costa/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de abril de 2017 às 16h42.

Lima - A polícia peruana e procuradores fizeram buscas nesta segunda-feira em dois endereços do governador da região de Callao, no marco de uma investigação por supostamente ter recebido subornos da empreiteira Odebrecht para ganhar uma licitação pública.

Imagens da televisão local mostraram os promotores entrando e saindo das casas do governador Félix Moreno, acusado de receber 4 milhões de dólares para garantir que a Odebrecht ganhasse em 2014 um contrato para construir uma estrada na costa central do país.

"Essa investigação em andamento pela procuradoria com respeito aos tentáculos de corrupção de empresas como a Odebrecht já está incluindo autoridades como o governo regional de Callao", disse a jornalistas o presidente do Judiciário, Deberli Rodríguez, ao comentar a operação.

Fontes judiciais disseram à Reuters que os procuradores buscam documentos para sua investigação sobre suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro contra Moreno.

Foram realizadas buscas nas casas do governador em Callao, onde fica o maior porto do Peru, e em um bairro residencial da capital Lima.

A Odebrecht reconheceu em dezembro que pagou 29 milhões de dólares em propinas para conquistar obras públicas no Peru entre 2005 e 2014, período que compreende os governos dos ex-presidentes Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.

A procuradoria peruana também está investigando García pela suspeita de corrupção na construção do metrô de Lima, enquanto contra Toledo há uma ordem de prisão com fins de extradição nos Estados Unidos acusado de receber subornos em uma obra pública.

Ambos, separadamente, negaram as acusações.

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