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Polícia e manifestantes entram em confronto em Beirute

Após o funeral do chefe da Inteligência da Polícia, o general Wisam al-Hassan, assassinado na sexta-feira passada, centenas de pessoas entraram em conflitos com a polícia


	Protestos em Beirute, no Líbano: manifestantes que tentaram invadir sede do governo libanês entraram em confronto com polícia
 (Salah Malkawi/ Getty Images)

Protestos em Beirute, no Líbano: manifestantes que tentaram invadir sede do governo libanês entraram em confronto com polícia (Salah Malkawi/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2012 às 12h48.

Beirute - Um grupo de manifestantes tentou invadir neste domingo a sede do governo libanês, em Beirute (Oriente Médio), para exigir a renúncia do primeiro- ministro do país, Najib Mikati, e entrou em confronto com a polícia.

Após o funeral do chefe da Inteligência da Polícia, o general Wisam al-Hassan, assassinado na sexta-feira passada, centenas de pessoas se dirigiram à sede governamental e ocorreram conflitos com a polícia.

Segundo as imagens divulgadas pelas televisões libanesas, a polícia usou gás lacrimogêneo, jatos de água e disparos para o ar para tentar afastar os manifestantes, que responderam lançando pedras.

A multidão se aproximou da sede do governo após o ex-primeiro-ministro e chefe do grupo opositor Futuro, Fouad Siniora, responsabilizar Mikati pelo assassinato de Hasan em um atentado com carro-bomba que causou a morte de outras duas pessoas e deixou 126 feridas.

Durante o funeral, acompanhado por milhares de pessoas, Siniora afirmou que inaceitável 'a proteção política dos assassinos'.

'Queremos um Governo que proteja os libaneses e não só uma parte deles', disse o dirigente opositor, para quem Hasan foi assassinado porque descobriu uma trama que planejava atentados contra personalidades anti-Síria.

Por este complô foi preso em agosto ex-ministro libanês Michel Samaha, considerado o homem forte de Damasco no Líbano. Também está envolvido na trama o chefe do serviço de Inteligência sírio, Ali Mamluk.

Muitas pessoas levaram para o funeral fotos de Hassan e do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, morto em 2005 em um atentado e de quem o chefe de inteligência era um colaborador.

O atentado de sexta-feira aumentou a tensão no Líbano, dividido entre partidários e detratores do regime de Bashar al Assad, e a raiva é perceptível, sobretudo nas áreas de maioria sunita, comunidade a qual pertencia Hassan. 

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