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Polícia dispersa protesto em Caracas, e deputado fica ferido

O deputado tentava romper um bloqueio que os agentes faziam para impedir que a manifestação chegasse à Defensoria do Povo

Protesto: até o momento, 59 pessoas morreram nas manifestações e mais de mil ficaram feridos (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

Protesto: até o momento, 59 pessoas morreram nas manifestações e mais de mil ficaram feridos (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de maio de 2017 às 22h03.

Caracas - O deputado opositor Carlos Paparoni ficou ferido nesta segunda-feira durante um protesto contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas, e que acabou dispersado pelas forças de segurança.

A Agência Efe presenciou o momento em que o parlamentar foi atingido por um jato de água lançado por um blindado.

Acompanhado de outros manifestantes, Paparoni tentava romper um bloqueio que os agentes faziam para impedir que a manifestação chegasse à Defensoria do Povo, que fica no centro da capital venezuelana.

Paparoni ficou inconsciente no chão e sofreu um ferimento na cabeça. O deputado foi atendido por um grupo de voluntários que atua nos protestos. Até o momento, não se sabe a gravidade da lesão.

O duas vezes candidato à presidência e um dos líderes da oposição, Henrique Capriles, também participava do protesto que foi reprimido com bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Guarda Nacional Bolivariana.

A Efe também pôde constatar vários manifestantes feridos por tiros de bala de borracha, munição que teve uso proibido por Maduro.

Os agentes da Guarda Nacional Bolivariana e da Polícia Nacional Bolivariana bloquearam com tanques e barreiras humanas a passagem dos opositores, que tentavam chegar à Defensoria do Povo para pedir que o titular do órgão, Tarek William Saab, se pronuncie sobre a situação dos direitos humanos no país.

Os manifestantes que atenderam a convocação da Mesa da Unidade Democrática (MUD) vestidos de branco, com bandeiras da mesma cor, foram sendo dispersos pouco a pouco pelas forças de segurança. Alguns, no entanto, tentaram enfrenta os agentes.

Nas redes sociais, a MUD e vários opositores denunciavam a repressão das forças de segurança contra a manifestação.

Há dois meses, a Venezuela vive uma série de protestos contra e favoráveis ao governo. Alguns deles terminaram em violência.

Até o momento, 59 pessoas morreram nas manifestações e mais de mil ficaram feridos, segundo o Ministério Público da Venezuela.

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