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Polícia chinesa confronta cristãos contra remoção de cruz

Polícia não conseguiu executar uma ordem do governo para remover uma cruz de igreja, de acordo com testemunhas e relatos na Internet


	Cruz: igrejas receberam notificações exigindo a demolição de suas edificações ou a remoção de cruzes
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Cruz: igrejas receberam notificações exigindo a demolição de suas edificações ou a remoção de cruzes (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 09h22.

Pequim - A polícia no leste da China entrou em confronto com manifestantes cristãos que se reuniram ao redor de sua igreja nesta segunda-feira, mas não conseguiu executar uma ordem do governo para remover uma cruz do prédio, de acordo com testemunhas e relatos na Internet. Diversas pessoas ficaram feridas no confronto, que durou duas horas.

Dezenas de igrejas na rica província de Zhejiang receberam notificações do governo nas últimas semanas exigindo a demolição de suas edificações ou a remoção de cruzes, em uma ação que, segundo o governo, consiste no combate a estruturas ilegais, informou o grupo cristão ChinaAid, que tem base nos Estados Unidos.

Grupos de defesa de direitos e cristãos dizem que as medidas do governo são perseguição religiosa e ignoram a liberdade de religião garantida na Constituição da China.

Na mais recente ação, a polícia tentou remover uma cruz da igreja do condado de Pingyang, perto da cidade de Wenzhou. Mas a congregação cercou a igreja e evitou que a polícia chegasse perto, de acordo com duas testemunhas.

A Reuters não conseguiu contatar a polícia de Pingyang. Zhejiang fica na costa ao sul de Xangai e há anos é conhecida como um centro da iniciativa privada. A China tem cerca de 65 milhões de cristãos, divididos entre os que frequentam igrejas sancionadas pelo Estado e aqueles que rezam em igrejas irregulares. Grupos de direitos frequentemente acusam a China de não respeitar a liberdade de religião, alegação que Pequim nega.

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