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Polícia alemã busca explicar acidente entre dois trens

O ministro Alexander Dobrindt havia citado um dia antes como pistas um "problema técnico ou (um erro) humano"

Acidente de trem: segundo o grupo de imprensa regional RND, o sistema de mudança de agulhas automático havia sido desativado manualmente (Lukas Barth / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 13h19.

A polícia alemã tentava determinar nesta quarta-feira se o choque frontal entre dois trens , que na véspera deixou 10 mortos, foi provocado por um erro humano, como afirma a imprensa, ou por um problema técnico.

"A respeito da causa exata (da colisão frontal entre os dois trens), até o momento não podemos fazer nenhuma declaração, as investigações acabaram de começar", declarou a polícia bávara em um comunicado que estabelecia a evolução da situação às 08h12 locais (05h12 horário de Brasília).

"Os funcionários responsáveis pela investigação seguem todas as hipóteses (...) graças à análise das caixas-pretas, ao interrogatório das testemunhas e do responsável do tráfego ferroviário. Haverá um relatório mas, no momento, não podemos fizer nada, a investigação prossegue", disse Vera Moosmayer, porta-voz do ministério dos Transportes.

O ministro Alexander Dobrindt havia citado um dia antes como pistas um "problema técnico ou (um erro) humano".

A ferrovia sobre a qual circulavam os dois trens Meridian, marca da companhia bávara BOB, estava a princípio protegida pelo sistema PZB 90, que obriga os trens a frear para evitarem colisões.

Mas, segundo o grupo de imprensa regional RND, o sistema de mudança de agulhas automático havia sido desativado manualmente.

Segundo a RND, tratava-se de deixar que um "trem em atraso", o primeiro envolvido no acidente, começasse a circular em um trecho da via.

Mas antes de chegar ao ponto onde os trilhos se separam novamente, o posto de controle deixou o segundo trem passar na direção contrária.

A polícia indicou nesta quarta-feira que não havia nenhum desaparecido e manteve o balanço de dez mortos. O acidente também deixou 17 pessoas gravemente feridas e 63 leves.

"Estou chocada e triste", reagiu a chanceler Angela Merkel, enquanto seu partido, o conservador CDU, seus parceiros bávaros da CSU e os Verdes cancelaram suas comemorações tradicionais da Quarta-feira de Cinzas.

Segundo o ministro dos Transportes, Alexander Dobrindt, os investigadores estudam se foi um problema técnico, ou uma falha humana.

"É uma catástrofe horrível", lamentou.

Citando "fontes próximas à investigação do acidente", a rede RedaktionsNetzwerk Deutschand (RND), que reúne 30 jornais locais, noticiou que um operador de sinais de Bad Aibling desativou o sistema automático de sinalização.

A agência de notícias alemã DPA menciona uma "fonte segura" para afirmar que o choque foi consequência de uma "falha humana". A DPA ressalta que os possíveis responsáveis não foram identificados "até agora".

Procurado pela AFP, o comando da Polícia regional não quis comentar.

O ministro bávaro do Interior, Joachim Hermann, declarou que cerca de 700 socorristas foram enviados para o local do acidente e encontram, segundo ele, "um sofrimento muito grande" e "ferimentos inimagináveis".

Policiais, bombeiros e ambulâncias estavam no local, informou um jornalista da AFP.

O acidente ocorreu próximo da localidade de Bad Aibling, no estado da Baviera, cerca de 60 quilômetros ao sudeste de Munique, no sul da Alemanha.

O choque foi "frontal" e ocorreu em uma linha de uma única via, disse Rainer Scharf, um chefe da polícia da Baviera à rede N-tv.

A companhia pública alemã Deutsche Bahn, proprietária e responsável pela manutenção de toda a rede ferroviária do país, informou que, na via da região do acidente, os trens podem circular a um máximo de 120 quilômetros por hora.

Nos últimos anos, houve vários acidentes na Alemanha, mas não tão graves quanto o de Bad Aibling. Em abril de 2012, três pessoas morreram e 13 ficaram feridas, em Offenbach (Hesse, centro).

Em 1998, um InterCity Express, um trem de alta velocidade que ia de Munique (sul) a Hamburgo (norte) descarrilou, e 101 pessoas morreram em Eschede (norte). Este foi o mais grave acidente na Alemanha desde 1945, quando 102 pessoas morreram perto de Munique.

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A polícia alemã tentava determinar nesta quarta-feira se o choque frontal entre dois trens , que na véspera deixou 10 mortos, foi provocado por um erro humano, como afirma a imprensa, ou por um problema técnico.

"A respeito da causa exata (da colisão frontal entre os dois trens), até o momento não podemos fazer nenhuma declaração, as investigações acabaram de começar", declarou a polícia bávara em um comunicado que estabelecia a evolução da situação às 08h12 locais (05h12 horário de Brasília).

"Os funcionários responsáveis pela investigação seguem todas as hipóteses (...) graças à análise das caixas-pretas, ao interrogatório das testemunhas e do responsável do tráfego ferroviário. Haverá um relatório mas, no momento, não podemos fizer nada, a investigação prossegue", disse Vera Moosmayer, porta-voz do ministério dos Transportes.

O ministro Alexander Dobrindt havia citado um dia antes como pistas um "problema técnico ou (um erro) humano".

A ferrovia sobre a qual circulavam os dois trens Meridian, marca da companhia bávara BOB, estava a princípio protegida pelo sistema PZB 90, que obriga os trens a frear para evitarem colisões.

Mas, segundo o grupo de imprensa regional RND, o sistema de mudança de agulhas automático havia sido desativado manualmente.

Segundo a RND, tratava-se de deixar que um "trem em atraso", o primeiro envolvido no acidente, começasse a circular em um trecho da via.

Mas antes de chegar ao ponto onde os trilhos se separam novamente, o posto de controle deixou o segundo trem passar na direção contrária.

A polícia indicou nesta quarta-feira que não havia nenhum desaparecido e manteve o balanço de dez mortos. O acidente também deixou 17 pessoas gravemente feridas e 63 leves.

"Estou chocada e triste", reagiu a chanceler Angela Merkel, enquanto seu partido, o conservador CDU, seus parceiros bávaros da CSU e os Verdes cancelaram suas comemorações tradicionais da Quarta-feira de Cinzas.

Segundo o ministro dos Transportes, Alexander Dobrindt, os investigadores estudam se foi um problema técnico, ou uma falha humana.

"É uma catástrofe horrível", lamentou.

Citando "fontes próximas à investigação do acidente", a rede RedaktionsNetzwerk Deutschand (RND), que reúne 30 jornais locais, noticiou que um operador de sinais de Bad Aibling desativou o sistema automático de sinalização.

A agência de notícias alemã DPA menciona uma "fonte segura" para afirmar que o choque foi consequência de uma "falha humana". A DPA ressalta que os possíveis responsáveis não foram identificados "até agora".

Procurado pela AFP, o comando da Polícia regional não quis comentar.

O ministro bávaro do Interior, Joachim Hermann, declarou que cerca de 700 socorristas foram enviados para o local do acidente e encontram, segundo ele, "um sofrimento muito grande" e "ferimentos inimagináveis".

Policiais, bombeiros e ambulâncias estavam no local, informou um jornalista da AFP.

O acidente ocorreu próximo da localidade de Bad Aibling, no estado da Baviera, cerca de 60 quilômetros ao sudeste de Munique, no sul da Alemanha.

O choque foi "frontal" e ocorreu em uma linha de uma única via, disse Rainer Scharf, um chefe da polícia da Baviera à rede N-tv.

A companhia pública alemã Deutsche Bahn, proprietária e responsável pela manutenção de toda a rede ferroviária do país, informou que, na via da região do acidente, os trens podem circular a um máximo de 120 quilômetros por hora.

Nos últimos anos, houve vários acidentes na Alemanha, mas não tão graves quanto o de Bad Aibling. Em abril de 2012, três pessoas morreram e 13 ficaram feridas, em Offenbach (Hesse, centro).

Em 1998, um InterCity Express, um trem de alta velocidade que ia de Munique (sul) a Hamburgo (norte) descarrilou, e 101 pessoas morreram em Eschede (norte). Este foi o mais grave acidente na Alemanha desde 1945, quando 102 pessoas morreram perto de Munique.

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