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Polêmica na Justiça e bate-boca com Irã: Trump em duplo desafio

Nos próximos dias, presidente americano espera resolver a nomeação de Brett Kavanaugh para a Suprema Corte, juiz investigado por assédio sexual

DONALD TRUMP: presidente americano afirmou que a investigação contra Kavanaugh é uma “perseguição” contra seu governo, uma vez que o país está às vésperas de passar por uma eleição legislativa

DONALD TRUMP: presidente americano afirmou que a investigação contra Kavanaugh é uma “perseguição” contra seu governo, uma vez que o país está às vésperas de passar por uma eleição legislativa

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2018 às 06h15.

Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 06h34.

Para um presidente às voltas com uma polêmica envolvendo seu indicado à Suprema Corte e uma queda de braço com seu maior competidor econômico, que tal iniciar a semana trocando ameaças com um inimigo histórico? Pois é o que fez o governo de Donald Trump, que tem (mais uma) semana explosiva pela frente.

O mais novo dos desafios é uma troca de farpas com o regime iraniano liderado por Hassan Rouhani. Rouhani culpou Washington e seus aliados no golfo por um atentado que deixou ao menos 25 mortos no domingo, quando quatro homens abriram fogo durante uma parada militar. Dois grupos terroristas, entre eles o Estado Islâmico, assumiram a autoria, mas o ataque ainda está sendo investigado. Nikki Hailey, representante dos Estados Unidos na ONU, afirmou ontem que o atentando é consequência da mão de ferro do regime que, segundo ela, “oprime os iranianos”.

O advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, foi mais duro, disse que o regime iraniano será derrubado e chamou e que se vale da religião para justificar um regime que tem “sangue nas mãos”.

Internamente, Trump espera resolver nos próximos dias a enrolada nomeação de Brett Kavanaugh para a Suprema Corte. O juiz é investigado por assédio sexual. A professora Christine Blasey Ford afirma ter sido assediada pelo juiz em 1982, quando ambos eram alunos do ensino médio, no estado de Maryland. Ela dará seu depoimento ao Senado na quinta-feira. Ontem, o surgimento de outra denúncia contra Kavanaugh levou a senadora Dianne Feinstein, a principal representante democrata no comitê de Justiça, a pedir o adiamento citando a necessidade de o FBI se debruçar sobre o novo caso.

Na semana passada, Trump afirmou que a investigação contra Kavanaugh é uma “perseguição” contra seu governo, uma vez que o país está às vésperas de passar por uma eleição legislativa. Em seu Twitter, o presidente americano questionou a veracidade das alegações feitas pela professora, e afirmou que adversários tentam “destruir” Kavanaugh. “O juiz Brett Kavanaugh é um bom homem, com uma reputação impecável, que está sob ataque de políticos de esquerda que não querem saber as respostas, só querem destruir e atrasar”, escreveu Trump.

Segundo ele, há um movimento do partido democrata para deslegitimar seu governo, e conquistar mais cadeiras no Senado e no Congresso americano, quando ocorrerem as eleições, em novembro. O Senado é controlado por uma pequena maioria de republicanos, que pretendem votar rapidamente a indicação de Kavanaugh.

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