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Poder eleitoral da Venezuela rejeita denúncia de fraude

A acusação de fraude veio à tona nesta terça-feira pela Smartmatic, empresa que trabalha em pleitos venezuelanos desde 2004

Constituinte: Segundo a CNE, 8 milhões de venezuelanos participaram do pleito (Miraflores Palace/Handout/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 17h31.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 18h02.

Caracas - A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Tibisay Lucena, classificou nesta quarta-feira como irresponsável a denúncia da empresa responsável pela contagem de votos no país, a Smartmatic, que acusou o órgão de manipulação dos dados sobre a participação nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte realizada no domingo.

"É uma afirmação irresponsável com base em estimativas sem fundamento. A empresa participou de todas as auditorias prévias à eleição da Assembleia Constituinte. As críticas ignoram o fato que a Smarmatic é parte da segurança do sistema de totalização", disse.

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"Não será uma empresa privada radicada fora do país a garantir a transparência e a credibilidade do sistema eleitoral venezuelano. (...) Seu único papel é o de fornecer certos serviços e suporte técnico, que não são determinantes nos resultados", explicou a presidente do CNE.

O diretor-executivo da Smartmatic, Antonio Mugica, disse nesta hoje mais cedo em uma entrevista coletiva que, graças à existência de um robusto sistema automatizado de votação, poderia afirmar, sem dúvida, que houve manipulação nos dados de participação.

Segundo a CNE, 8 milhões de venezuelanos participaram do pleito, o equivalente a 41,43% do eleitorado.

"Uma auditoria permitiria conhecer o número exato da participação. Estimamos que a diferença entre a quantidade anunciada e a que o sistema registrou é de pelo menos 1 milhão de eleitores", afirmou o executivo da empresa.

Para Lucena, as afirmações foram feitas em um "contexto de agressão permanente" iniciado há duas semanas contra o CNE. O único objetivo do órgão, segundo ela, foi organizar uma eleição universal, direta e secreta.

"A CNE se reserva o direito de entrar com as ações legais que correspondem a tais irresponsáveis afirmações. Defendemos as eleições e os seus resultados em outros momentos difíceis. Vamos defender o direito que os venezuelanos têm de expressar a paz e a democracia", afirmou Lucena.

A oposição venezuelana, a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, e vários governos se negaram a reconhecer o resultado da Assembleia Nacional Constituinte.

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