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Pobreza continua generalizada na América Latina

É o que diz o ex-ministro das Relações Exteriores argentino, Adalberto Rodríguez Giavarini

Segundo Giavarini, pobreza média no continente está em 33%, e extrema, em 13% (Miguel Alvarez/AFP)

Segundo Giavarini, pobreza média no continente está em 33%, e extrema, em 13% (Miguel Alvarez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 12h13.

Madri - O ex-ministro de Relações Exteriores argentino Adalberto Rodríguez Giavarini destacou nesta quarta-feira que a América Latina continua com níveis de pobreza e desigualdade "muito elevados", apesar do "crescimento econômico".

"A pobreza média regional está em níveis de 33% e de pobreza extrema de 13%", lamentou Rodríguez Giavarini, atual presidente do Conselho Argentino para as Relações Internacionais, em um curso de verão organizado pela Fundação para a Análise e os Estudos Sociais (FAES).

"Estes números, apesar de serem médias históricas, são muito elevados para um período em que a economia cresceu tanto. Há um problema sério de política de luta contra a pobreza", ressaltou, segundo um comunicado divulgado pela FAES.

Em sua conferência "América Latina e o mundo: oportunidades e desafios futuros" que dividiu em Navacerrada (Madri), Rodríguez Giavarini destacou além disso que "América Latina é um continente de altíssima desigualdade", com países que "superam à África".

O ex-chanceler destacou que a região passa por "uma etapa muito propícia de ciclo econômico", com "altas taxas de crescimento em 2010 e moderada em 2011 e para o futuro".

"Demos um salto depois da crise de 2008 e agora está moderado, mas com muito bom números. O desafio para a América Latina é crescer acima das tendências históricas", acrescentou.

O ex-ministro argentino recomendou, no atual contexto econômico, políticas prudentes e de longo prazo.

"Uma política econômica prudente, anticíclica, séria, consistente, dá maiores graus de liberdade à política global, maior grau de permanência e portanto permite definir políticas de estado ao longo dos anos", assinalou.

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