Mundo

Pobreza atinge 81 milhões de crianças latino-americanas

Estudo feito pela Unicef mostrou que 38,8% das crianças e adolescentes brasileiros estão na pobreza; El Salvador tem a pior situação do continente

Os autores de estudo pediram melhores políticas sociais para as crianças (Getty Images)

Os autores de estudo pediram melhores políticas sociais para as crianças (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 18h09.

Brasília – Na América Latina e no Caribe, 45% das crianças e dos adolescentes não têm assegurados seus direitos básicos em decorrência da pobreza, que atinge 81 milhões de meninos e meninas com menos de 18 anos. A conclusão é de um estudo, divulgado hoje (18), pela Comissão Econômica América Latina e Caribe (Cepal) e pelo Fundo das Nações Unidas para Fundo para a Infância (Unicef). Os dados são de 2007.

O Brasil ocupa o 7º lugar neste ranking, com 38,8% de crianças e adolescentes na faixa da pobreza, sendo que 14% são incluídos no grupo de pobreza extrema. O Brasil fica atrás apenas da Costa Rica, do Chile, Uruguai, da Argentina, Venezuela e Colômbia. Os piores percentuais são registrados em El Salvador, na Guatemala e Nicarágua, na Bolívia, em Honduras e no Paraguai.

No caso dos piores percentuais - El Salvador, Guatemala e Nicarágua – a faixa de pobreza envolvendo crianças e adolescentes chega a 86%, na sociedade salvadorenha, atingindo 39% de pobreza extrema. Na Guatemala e Nicarágua, os percentuais são acima de 78,5% e quase a metade na pobreza extrema.

O estudo foi feito durante os anos de 2008 e 2009 com base em dados apresentados pelos governos de cada país. Para a análise do material foram considerados fatores, como nutrição, acesso à água potável, ao saneamento, à habitação de qualidade, à escola e aos meios de comunicação e informação.

A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e o diretor regional do Unicef para a América Latina e o Caribe, Aasen Bernt, defenderam a integração de políticas sociais, associando a geração de emprego e projetos de macroeconomia, para a melhoria da qualidade de vida dos adolescentes e crianças.

Para os especialistas, é fundamental que os governos latino-americanos e caribenhos aumentem os investimentos na promoção dos direitos das crianças, garantindo um ambiente de proteção com mais qualidade nos serviços prestados e nos sistemas sociais.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaONUPobreza

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano