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Plano para aprovar reforma na saúde ganha apoio nos EUA

A ideia permitiria que as seguradoras vendessem planos mais baratos e menos abrangentes, provavelmente comprados por pessoas mais saudáveis

Congresso americano: as opções poderiam cobrar mais das pessoas com doenças preexistentes (Karen Bleier/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2017 às 21h39.

Washington - Lideranças do Partido Republicano no Senado dos Estados Unidos, em uma tentativa de salvar a reforma na saúde, têm considerado seriamente a proposta do senador Ted Cruz, do Texas, de permitir que as seguradoras que vendem planos que estão de acordo com a legislação atual também possam oferecer apólices que não cumprem as normas hoje em vigor.

A ideia, também apoiada pelo senador Mike Lee, de Utah, permitiria que as seguradoras vendessem planos mais baratos e menos abrangentes, provavelmente comprados por pessoas mais saudáveis.

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Essas opções poderiam cobrar mais das pessoas com doenças preexistentes e possivelmente até negar cobertura integral.

Líder da maioria no Senado, Mitch McConnell pediu que a entidade apartidária Escritório para o Orçamento Congressual analisasse o impacto sobre o orçamento federal e sobre a cobertura de seguros-saúde, segundo assessores republicanos no Senado.

É um sinal de que as lideranças de fato contemplam adotar a medida.

McConnell tem contatado vários senadores, mesmo durante o atual recesso no Congresso. Ele foi forçado a adiar a votação antes do recesso, em meio a recuos no apoio tanto de conservadores como de centristas.

Agora, trabalha em uma versão revisada que o Senado possa considerar rapidamente assim que volte ao trabalho.

O líder da maioria ainda quer uma lei para modificar e substituir a atual, conhecida como Obamacare por ter sido aprovada no governo do ex-presidente Barack Obama.

O presidente Donald Trump deseja que primeiro a legislação atual sobre o tema seja toda descartada, para então os congressistas rediscutirem o assunto.

As revisões em discussão no Senado devem incluir mais financiamento para o tratamento de viciados e possivelmente mais créditos tributários para ajudar as pessoas de baixa renda a pagar um seguro-saúde.

A proposta de Cruz provavelmente reduziria os custos para alguns consumidores, uma prioridade dos conservadores do Senado.

Cruz e Lee estão entre os quatro senadores conservadores que rejeitaram a versão inicial da lei de McConnell, com o argumento de que ela fazia pouco para substituir a atual e reduzir os custos para os cidadãos.

A ideia de Cruz também foi bem recebida por influentes conservadores republicanos da Câmara dos Representantes. A Casa Branca também a tem apoiado.

Por outro lado, ela dificulta a posição dos senadores republicanos que se comprometeram a preservar as proteções para as pessoas com doenças preexistentes. Segundo especialistas, a versão de Cruz geraria um salto nos custos para esse grupo de pessoas.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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