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Pistorius diz que estava morrendo de medo antes de atirar

Atleta contou como ouviu uma janela sendo aberta em seu banheiro no meio da noite

O atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius: "a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que eu precisava me armar, que eu precisava proteger e Reeva e que eu precisava pegar minha arma" (Herman Verwey/Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 10h35.

Pretória - O velocista olímpico e paralímpico sul-africano Oscar Pistorius disse ao tribunal nesta terça-feira que estava "morrendo de medo" de um suposto ladrão nos momentos antes de matar a tiros a namorada, Reeva Steenkamp, no Dia dos Namorados da África do Sul, no ano passado.

Pistorius, que está sendo julgado pela acusação de assassinar Steenkamp, de 29 anos, uma modelo formada em direito, contou como ouviu uma janela sendo aberta em seu banheiro no meio da noite, e se convenceu de que um intruso estava entrando em casa e que precisava se armar.

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"Esse é o momento que mudou tudo", disse, com a voz embargada. "Eu pensei que era um ladrão entrando na minha casa." Quando fotos do corpo ensanguentado de Steenkamp apareceram brevemente nos monitores de TV do tribunal de Pretória, o atleta de 27 anos curvou-se no banco das testemunhas e quase vomitou em suas próprias mãos.

Pistorius disparou várias vezes com uma arma, atingindo Steenkamp com três balas, matando-a quase que instantaneamente. Ele nega o assassinato, dizendo acreditar que disparava contra um intruso atrás da porta do banheiro.

Guiado por seu advogado de defesa Barry Roux, Pistorius relatou o pânico que tomou conta dele quando ouviu o barulho da janela do banheiro se abrindo no meio da noite.

"A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que eu precisava me armar, que eu precisava proteger e Reeva e que eu precisava pegar minha arma", ele disse.


Tateando no escuro, ele pegou sua pistola de 9 milímetros debaixo da cama antes de ir em direção à passagem que conduz do quarto para o banheiro, disse.

Ele contou que se moveu devagar apontando a arma. "Eu estava morrendo de medo e estava gritando." "Eu gritei para Reeva se jogar no chão e para ela ligar para a polícia. Eu gritei para as pessoas saírem." O julgamento, agora em seu 18 º dia, mobilizou a África do Sul e milhões de fãs ao redor do mundo, que viam Pistorius como um símbolo de triunfo sobre a adversidade física.

Suas pernas foram amputadas quando ele ainda era um bebê e ele ficou famoso mundialmente por ser o atleta paraolímpico mais rápido do mundo. Ele ganhou inúmeras medalhas de ouro paraolímpicas e chegou às semi-finais dos 400 metros nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 contra atletas sem deficiência.

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