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Pinochet ocultou relatório sobre morte de estudante dos EUA

O ditador chileno silenciou relatório policial que acusava membros do Exército de incendiarem e matarem um estudante dos Estados Unidos


	Augusto Pinochet, falecido ditador do Chile
 (David Lillo/AFP)

Augusto Pinochet, falecido ditador do Chile (David Lillo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 17h26.

Santiago - O falecido ditador chileno Augusto Pinochet silenciou um relatório policial que acusava membros do Exército de incendiarem e matarem um estudante dos Estados Unidos em 1986, de acordo com documentos governamentais recém-liberados e publicados por um grupo de pesquisa nesta sexta-feira.

Os documentos, revelados pelo Arquivo da Segurança Nacional, sediado em Washington, podem lançar luz sobre o incidente, que se tornou um símbolo da brutalidade do governo durante a ditadura de Pinochet entre os anos 1973 e 1990.

O caso de quase 30 anos voltou à atenção pública nas duas últimas semanas, quando 12 ex-militares foram presos em conexão com o evento depois que o ex-recruta militar Fernando Guzmán mudou seu testemunho anterior. O juiz Mario Carroza reabriu o caso em 2013. Grupos de direitos humanos e promotores alegam que os militares usaram gasolina e um isqueiro para incendiar e matar o estudante Rodrigo Rojas, de 19 anos, e ferir seriamente Carmen Gloria Quintana, chilena então com 18 anos, durante uma greve trabalhista em Santiago.

Os relatos oficiais sustentaram durante muito tempo que as duas vítimas se incineraram acidentalmente, mas Guzmán disse que os oficiais atearam fogo em ambos deliberadamente e depois os abandonaram em uma vala nos arredores da capital.

Segundo os documentos publicados nesta sexta-feira, uma investigação da polícia chilena na época revelou que uma patrulha do Exército esteve envolvida no assassinato dos dois jovens, mas que Pinochet ocultou as descobertas.

“De acordo com (nome editado), uma investigação do serviço de inteligência chileno apontou que efetivos do Exército estavam claramente envolvidos”, afirma um informe secreto de 1986 para o então presidente dos EUA, Ronald Reagan.

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