PIB da China cresce 9,6% no 3º trimestre
Avanço perdeu fôlego com relação ao mesmo período do ano passado, pois Pequim retirou estímulos para desaquecer economia
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2010 às 10h41.
São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,6% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, desacelerando dos 10,3% de crescimento no segundo trimestre, uma vez que Pequim continuou a retirar estímulos e a tomar medidas para desaquecer setores como o imobiliário.
A expansão ficou ligeiramente acima das expectativas de mercado, de um aumento de 9,5%, segundo a mediana das previsões de 14 economistas. No período de janeiro a setembro, o PIB cresceu 10,6% na comparação com os nove primeiros meses do ano passado, informou o escritório nacional de estatísticas.
A surpreendente decisão do Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês, banco central), de elevar as taxas de juros dos empréstimos e dos depósitos na última terça-feira indica que as autoridades estão confortáveis com a atual moderação do crescimento e mais preocupadas com a inflação e os preços dos imóveis.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 3,6% em setembro, acima dos 3,5% de agosto, em linha com as expectativas dos economistas. Eles esperam também que a inflação no varejo se amenize nos próximos meses, ante a diminuição do impacto climático do verão sobre os preços dos alimentos, mas os preços elevados já duraram mais do que muitos analistas previam.
Refletindo a alta das commodities, o índice de preços ao produtor da China (PPI, na sigla em inglês) aumentou 4,3% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2009, acima da expectativa dos economistas, que era de um aumento de 4,1%, e igual ao índice de agosto.
Outros dados divulgados nesta quinta-feira são consistentes com uma desaceleração moderada no crescimento da atividade econômica. A produção industrial de valor agregado cresceu 13,3% em setembro sobre a do mesmo mês do ano passado, abaixo da mediana das previsões do economistas (13,6%) e também do crescimento verificado em agosto (13,9%).
O investimento em ativos fixos das áreas urbanas aumentou 24,5% no período janeiro-setembro, na comparação com igual intervalo de 2009, desacelerando dos 24,8% do período janeiro-agosto. O aumento foi menor do que os 24,7% da previsão de economistas. As informações são da Dow Jones.