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Philips rompe acordo com Osram

Companhia holandesa pretende tornar acessível no Brasil lâmpadas mais econômicas

Ponte estaiada, em São Paulo, tem iluminação de LEDs projetada pela Philips do Brasil (./Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

SÃO PAULO - A Philips do Brasil pretende romper nos próximos doze meses a joint venture criada com a alemã Osram. A parceria entre as duas empresas dura 11 anos e resultou na criação da CVL, líder na América Latina na produção de componentes de vidro de alta qualidade para a indústria de iluminação. A iniciativa de por um fim ao acordo partiu da própria companhia holandesa, que pretende mudar o foco de suas atividades no setor de iluminação no país.

Antes de tomar a decisão de fechar as portas da joint venture localizada no Vale do Paraíba, São Paulo, a Philips avaliou os resultados de quatro unidades de fabricação de lâmpadas incandescentes em diversas regiões do mundo. Foi constatado que produzir esse tipo de produto não valia mais tanto a pena para o caixa da empresa.

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Com isso, o primeiro passo da mudança estratégica da Philips do Brasil no setor de iluminação foi dado na tarde desta sexta-feira (26/02). A companhia anunciou que fechará até meados de junho a unidade Capuava, localizada em Mauá, São Paulo. Ao todo, 480 funcionários serão desligados das suas atuais funções, sendo que uma parte deles será remanejada.

O segundo passo deverá ser dado no próximo dia 12 de março, quando executivos da Philips do Brasil terão uma reunião para decidir quais serão os planos de aplicação numa nova tecnologia de iluminação. O objetivo principal é aposentar a fabricação de lâmpadas incandescentes e HID (de iluminação pública). A empresa quer investir pesado na venda de diodos emissores de luz (LEDs, na sigla em inglês), chips de silício que consomem menos energia do que outros dispositivos elétricos luminosos.

Embalada por uma perspectiva de crescimento de 30% de suas operações em 2010, a Philips do Brasil que tornar o custo da tecnologia do LED mais acessível ao consumidor, como aconteceu com os semicondutores há 20 anos. Hoje, uma lâmpada de LED custa cerca de 100 reais. Na Europa, no entanto, o preço do produto está mais em conta: 10 euros, ou aproximadamente 25 reais.

Desde setembro do ano passado, a produção e a importação de lâmpadas incandescentes estão proibidas na União Europeia. A decisão faz parte do pacote de medidas do bloco para combater as mudanças climáticas. A iniciativa deverá ser seguida por outros países, como Austrália, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Para o usuário final, a adoção da tecnologia de LED é uma vitória, porque representa melhor qualidade de luz por custos mais baixos. A substituição de modelos de iluminação também é importante para a preservação do ambiente, já que esse tipo de lâmpada consome menos energia do que as incandescentes e, assim, emite menos gases causadores do chamado efeito estufa.

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