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Ataques a petroleiros no Golfo de Omã acirram temores sobre segurança

A Arábia Saudita e os Estados Unidos culparam o Irã pelos ataques

Irã: os navios-tanque foram evacuados nesta quinta depois de um incêndio provocado por um suposto ataque (Reuters/Reuters)

Irã: os navios-tanque foram evacuados nesta quinta depois de um incêndio provocado por um suposto ataque (Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de junho de 2019 às 11h59.

Última atualização em 13 de junho de 2019 às 14h26.

Dubai — Dois navios-tanques foram alvo de possíveis ataques no Golfo de Omã, disseram transportadoras e fontes da indústria nesta quinta-feira, o que fez os preços do petróleo subirem até 4% um mês depois de quatro outros navios petroleiros serem danificados em incidente similar na região.

Um dos navios, o Front Altair, que transporta matéria-prima petroquímica, estava em chamas nas águas situadas entre países do Golfo Pérsico e o Irã.

A agência de notícias estatal iraniana disse que afundou, mas o proprietário norueguês informou que ainda está à tona e que a tripulação está a salvo. O outro navio está à deriva e sem tripulação.

Ancorada no Barein, a Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos disse estar auxiliando os navios-tanques desde que recebeu pedidos de socorro. As Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido, parte da Marinha Real britânica, informaram estar investigando com seus parceiros.

Os detalhes completos do incidente desta quinta-feira não ficaram claros de imediato. A empresa que fretou uma das embarcações disse suspeitar que um torpedo atingiu o navio, e uma fonte disse que o outro pode ter sido danificado por uma mina magnética.

A Arábia Saudita e os EUA culparam o Irã pelos ataques, uma acusação que Teerã nega.

Os preços do petróleo subiram até 4% após a notícia desta quinta-feira. A região já estava tensa por causa dos ataques de maio a ativos de petróleo no Golfo, ocorridos em meio a uma disputa entre o Irã e os EUA por causa do programa nuclear de Teerã.

O Golfo de Omã se localiza na entrada do Estreito de Hormuz, uma rota marítima estratégica pela qual passa um quinto do petróleo produzido no Oriente Médio e consumido globalmente.

As autoridades de Omã e dos Emirados Árabes Unidos, em cujas águas territoriais os quatro navios-tanques foram atacados em maio, não confirmaram de imediato o incidente desta quinta-feira.

A Arábia Saudita e os Emirados disseram que os ataques aos ativos de petróleo no Golfo representam um risco aos suprimentos globais de petróleo e à segurança regional.

Os possíveis ataques desta quinta-feira ocorreram um dia depois de os houthis do Iêmen, aliados do Irã, dispararem um míssil contra um aeroporto saudita, ferindo 26 pessoas.

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