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Petrobras deve elevar produção de etanol em 29%

Com isso, a oferta deve sair de em torno de 900 milhões de litros, superar pela primeira vez 1 bilhão de litros, atingindo a marca de 1,15 bilhão de litros no período

Etanol: o crescimento da oferta do biocombustível ocorrerá pela melhoria na qualidade da cana-de-açúcar, com a perspectiva de uma safra com maior produtividade (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 13h02.

São Paulo - O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, afirmou, em entrevista exclusiva à Agência Estado, que a produção de etanol nas dez usinas e destilarias com participação acionária da companhia deve crescer 29% na safra 2013/2014.

Com isso, a oferta deve sair de em torno de 900 milhões de litros, superar pela primeira vez 1 bilhão de litros, atingindo a marca de 1,15 bilhão de litros no período.

"Esse volume pode variar um pouco, dependendo do direcionamento da oferta de cana para o etanol ou o açúcar, mas a safra será mais alcooleira, diante das boas perspectivas", afirmou.

O crescimento da oferta do biocombustível ocorrerá, segundo ele, pela melhoria na qualidade da cana-de-açúcar, com a perspectiva de uma safra com maior produtividade, bem como pelos investimentos feitos nas lavouras. "Entre renovação e ampliamos, nas três companhias, foram 60 mil hectares de cana", disse Rossetto.

Na produção de etanol e açúcar, a Petrobras é sócia minoritária da francesa Tereos nas usinas da Guarani no Estado de São Paulo e em Moçambique, do Grupo São Martinho na Nova Fronteira, no Estado de Goiás, e ainda detém o controle da Usina Total, em Minas Gerais.

"Vamos crescer 18% na capacidade de moagem dessa safra", afirmou o executivo. Nas unidades, a capacidade de processamento é de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Segundo Rossetto, além do cenário de melhor qualidade e quantidade de cana para a safra 2013/2014, a perspectiva do setor e etanol é de aumento nas margens das companhias, com as medidas já anunciadas pelo governo. Este mês, foi divulgado o aumento no preço da gasolina, o que melhora a competitividade do etanol, e decidiu ampliar a mistura do anidro ao combustível de petróleo, de 20% para 25%, a partir de 1º maio.


Além disso, o governo estuda outras ações que podem incentivar os investimentos no set, or, que estão praticamente estagnados, como a desoneração do PIS/Cofins para o combustível. "Os movimentos do governo foram positivos. Criam um cenário de recuperação de margem", disse.

"Entramos em 2013 com outro ambiente, mais positivo, em que os dois ministros (Guido Mantega, da Fazenda, e Edison Lobão, de Minas e Energia) reafirmam o compromisso estratégico do governo com a matriz renovável do etanol", disse Rossetto, sobre o recente encontro de representantes do setor com os ministros.

Rossetto prevê ainda que só o aumento da mistura do anidro à gasolina para 25% trará um crescimento da produção de etanol no País de 2,5 bilhões de litros na safra 2013/2014, a ser iniciada em abril.

Já a exportação deve ficar estagnada, em 3,5 bilhões de litros, praticamente toda escoada para os Estados Unidos. O executivo evitou falar sobre possíveis aquisições da Petrobras Biocombustível diante do atual cenário otimista. "Vamos ver", esquivou-se.

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São Paulo - O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, afirmou, em entrevista exclusiva à Agência Estado, que a produção de etanol nas dez usinas e destilarias com participação acionária da companhia deve crescer 29% na safra 2013/2014.

Com isso, a oferta deve sair de em torno de 900 milhões de litros, superar pela primeira vez 1 bilhão de litros, atingindo a marca de 1,15 bilhão de litros no período.

"Esse volume pode variar um pouco, dependendo do direcionamento da oferta de cana para o etanol ou o açúcar, mas a safra será mais alcooleira, diante das boas perspectivas", afirmou.

O crescimento da oferta do biocombustível ocorrerá, segundo ele, pela melhoria na qualidade da cana-de-açúcar, com a perspectiva de uma safra com maior produtividade, bem como pelos investimentos feitos nas lavouras. "Entre renovação e ampliamos, nas três companhias, foram 60 mil hectares de cana", disse Rossetto.

Na produção de etanol e açúcar, a Petrobras é sócia minoritária da francesa Tereos nas usinas da Guarani no Estado de São Paulo e em Moçambique, do Grupo São Martinho na Nova Fronteira, no Estado de Goiás, e ainda detém o controle da Usina Total, em Minas Gerais.

"Vamos crescer 18% na capacidade de moagem dessa safra", afirmou o executivo. Nas unidades, a capacidade de processamento é de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Segundo Rossetto, além do cenário de melhor qualidade e quantidade de cana para a safra 2013/2014, a perspectiva do setor e etanol é de aumento nas margens das companhias, com as medidas já anunciadas pelo governo. Este mês, foi divulgado o aumento no preço da gasolina, o que melhora a competitividade do etanol, e decidiu ampliar a mistura do anidro ao combustível de petróleo, de 20% para 25%, a partir de 1º maio.


Além disso, o governo estuda outras ações que podem incentivar os investimentos no set, or, que estão praticamente estagnados, como a desoneração do PIS/Cofins para o combustível. "Os movimentos do governo foram positivos. Criam um cenário de recuperação de margem", disse.

"Entramos em 2013 com outro ambiente, mais positivo, em que os dois ministros (Guido Mantega, da Fazenda, e Edison Lobão, de Minas e Energia) reafirmam o compromisso estratégico do governo com a matriz renovável do etanol", disse Rossetto, sobre o recente encontro de representantes do setor com os ministros.

Rossetto prevê ainda que só o aumento da mistura do anidro à gasolina para 25% trará um crescimento da produção de etanol no País de 2,5 bilhões de litros na safra 2013/2014, a ser iniciada em abril.

Já a exportação deve ficar estagnada, em 3,5 bilhões de litros, praticamente toda escoada para os Estados Unidos. O executivo evitou falar sobre possíveis aquisições da Petrobras Biocombustível diante do atual cenário otimista. "Vamos ver", esquivou-se.

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