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Pesquisas apontam que Obama sofrerá um voto de castigo

Partido Republicano deve sair vitorioso em eleições nos Estados Unidos

Presidente Obama e Partido Democrata devem enfrentar voto de castigo em eleições (AFP Mark Ralston/EXAME.com)

Presidente Obama e Partido Democrata devem enfrentar voto de castigo em eleições (AFP Mark Ralston/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2010 às 16h17.

Washington - O presidente Barack Obama e seu Partido Democrata enfrentam nesta terça-feira um provável voto de castigo em eleições de meio de mandato que todas as pesquisas dão como favoráveis à oposição republicana.

Nessas eleições, que começaram na Costa Leste às 06H00 (08H00 de Brasília), os republicanos poderão ganhar o controle da Câmara de Representantes, que renova a totalidade de seus 435 assentos, e recuperar um terreno substancial no Senado, que renova 37 de suas 100 cadeiras, segundo as pesquisas.

Um cenário que representaria uma divisão do poder e que provavelmente vai gerar um embate político até a eleição presidencial de 2012.

Obama afirmou na segunda-feira que os Estados Unidos se arriscam a enfrentar uma situação econômica "muito, muito difícil" no caso de vitória dos republicanos nas legislativas.

"Poderemos enfrentar uma situação muito, mas muito difícil", advertiu Obama em entrevista à rádio WDAS-FM da Filadélfia, às vésperas de uma eleição que terá "consequências durante as décadas futuras", disse o presidente.

"Vamos precisar de uma boa participação" a favor dos candidatos democratas, porque "se os outros (republicanos) forem adiante, poderemos ter problemas para fazer este país progredir", advertiu o presidente sobre a possibilidade de uma vitória republicana.

"É uma eleição difícil, porque viemos de um período muito difícil durante estes dois últimos anos", disse Obama.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 9,6%, praticamente a mais alta em 30 anos, e as pesquisas apontam para uma vitória republicana nesta terça-feira.


Obama chegou ao poder com a promessa de mudar o estilo de fazer política em Washington, mas agora são os republicanos que desejam reverter o programa democrata.

"As pessoas querem um governo menor, que preste contas, que respeite a liberdade e permita às pequenas empresa fazer negócios", afirmou o líder republicano na Câmara de Representantes, John Boehner (Ohio), em um dos últimos comícios de campanha.

Boehner pode liderar a partir de quarta-feira uma verdadeira onda republicana, que o levaria a assumir a presidência da Câmara de Representantes no lugar da democrata Nancy Pelosi.

Segundo o instituto Gallup, os republicanos devem chegar à vitória com 55% dos votos, contra 40% dos democratas, a maior diferença em uma eleição de meio de mandato desde 1974.

As perspectivas são um pouco melhores para os democratas no Senado, onde perderiam algumas cadeiras, mas manteriam a maioria. Atualmente, a Câmara Alta tem 57 democratas, dois independentes (que votam com os democratas) e 41 republicanos.

Mas o mais preocupante no horizonte político americano é a ameaça de um bloqueio institucional, diante de uma oposição republicana em alta com o apoio do movimento populista e ultraconservador Tea Party (Partido do Chá).

Os republicanos prometeram que, em caso de vitória, pretendem revogar a reforma da saúde, um triunfo pessoal de Obama no Congresso, e cortar drasticamente o orçamento para reduzir o déficit público, o maior em décadas.

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