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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.
O lucro das companhias americanas, antes da incidência de impostos e taxas, representou 11,6% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre. Trata-se da maior participação desde 1966, segundo o Departamento de Comércio do país. De acordo com o americano The Wall Street Journal, o desempenho reforçou a avaliação de que os efeitos do furacão Katrina sobre a economia não foram tão devastadores quanto se imaginava.
O Departamento de Comércio também informou que os lucros das empresas americanas, antes de impostos e taxas, cresceram 14,4% no quarto trimestre, sobre os três meses anteriores. Esta foi a maior taxa de expansão dos ganhos corporativos desde 1992, segundo o governo, e foi suficiente para reverter a queda de 4% registrada entre julho e setembro. O desempenho, naquele período, foi prejudicado pelos elevados desembolsos das seguradoras, devido às indenizações por perdas com o Katrina.
O bom desempenho das empresas, porém, não escapou a críticas de diversos analistas. Para parte do mercado, os resultados foram obtidos graças às perdas impostas aos trabalhadores. "Os números ressaltam o crescente poder das corporações americanas, diante da mão-de-obra", afirma Paul Kasriel, economista-chefe da Northern Trust.
A expectativa dos economistas é que os elevados lucros sejam reinvestidos para ampliar a capacidade produtiva do país, estimulando a economia e contribuindo para a queda do desemprego. "As companhias estão sentadas sobre uma montanha de dinheiro. À medida que a economia demandar, elas começarão a desembolsar parte dessa quantia", diz Nariman Behravesh, economista-chefe da Global Insight.