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Ataque deixa 3 mortos em véspera de eleição no Peru

Dois militares e um civil morreram após um ataque de remanescentes da guerrilha Sendero Luminoso na selva central do Peru

Eleições no Peru - muro pedindo votos em Lima (Mariana Bazo / Reuters)

Eleições no Peru - muro pedindo votos em Lima (Mariana Bazo / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2016 às 22h09.

Dois militares e um civil morreram, enquanto seis soldados ficaram feridos neste sábado, após um ataque de remanescentes da guerrilha Sendero Luminoso na selva central do Peru - informou um comando militar, um dia antes da eleição presidencial no país.

As vítimas foram dois soldados e o motorista de uma patrulha do Exército peruano deslocada para reforçar a segurança nas seções eleitorais na região de Junín, no centro do país, confirmou o general Fernando Acosta ao site do jornal "El Comercio".

"Estamos realizando operações para resgatar nosso pessoal falecido e os feridos. É difícil, mas nosso pessoal vai conseguir tirá-los da zona de conflito", declarou, admitindo que ainda não há condições de segurança para o resgate.

A emboscada aconteceu na localidade de Hatun Asha, no distrito de Santo Domingo de Acobamba.

Em entrevista coletiva, no Palácio de Governo, neste sábado, o presidente Ollanta Humala classificou o atentado como um "ato insano".

"O terrorismo e aqueles que se conluem com ele não têm espaço na nossa sociedade, nem na nossa família", completou.

O comando militar informou que o material eleitoral já foi entregue no centro do povoado, onde há apenas duas seções eleitorais.

"Este ataque não atrapalha as eleições", afirmou neste sábado o chefe do Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE, na sigla em espanhol), Mariano Cucho.

Neste domingo, 10 de abril, 23 milhões de peruanos são esperados nas ruas para eleger presidente e 130 parlamentares que integram o Congresso unicameral.

O setor, onde o ataque aconteceu, fica na região do temido VRAEM (Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro), uma faixa de selva entre montanhas que une as regiões de Huancayo, Ayacucho, Apurímac e Cuzco. Segundo as autoridades peruanas, remanescentes do Sendero Luminoso continuam na ativa, graças a uma aliança com traficantes de drogas.

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