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Perfuração de poço provocou vazamento de óleo em Campos, diz ANP

O órgão regulador concluiu que a melhor alternativa para o problema é o abandono dos trabalhos no poço por parte da Chevron

Na China, a Saipem fará a instalação de dois dutos e de um sistema de produção submarina (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 19h07.

Rio - A perfuração de um poço exploratório pela Chevron provocou o vazamento de petróleo na área de Frade, na bacia de Campos, afirmou à Reuters o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho.

Com base nisso, o órgão regulador concluiu que a melhor alternativa para o problema é o abandono dos trabalhos no poço por parte da Chevron. O local deverá ser cimentado, disse Carvalho.

Mais tarde, a ANP e a Chevron confirmaram em notas a informação sobre o abandono do poço. Disseram que o plano de abandono foi apresentado pela Chevron no dia 12 de novembro e aprovado no dia seguinte.

A companhia já havia paralisado temporariamente os trabalhos no local, para investigar o problema.

"O que foi detectado é que com a perfuração houve aumento de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que fez com que o óleo vazasse", disse o diretor da ANP.

O vazamento de óleo continua, segundo ele, e um volume estimado em 700 barris de óleo forma uma mancha localizada a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

A fenda com o vazamento estaria a uma distância de cerca de 150 metros de distância do poço exploratório e a mais de 1 quilômetro da plataforma de produção do campo de Frade.


"A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer", afirmou Carvalho.

"O que manda a resolução é a solicitação, por parte da empresa, do abandono do poço e nós analisamos e autorizamos que nessas condições a melhor saída mesmo é fazer o abandono", disse.

Vazamento - Em seu comunicado, a ANP informou que o a vazão média da exsudação --termo usado para designar a migração do óleo da rocha para outro ambiente, no caso o mar-- pode estar entre 200 a 330 barris de petróleo por dia.

Segundo a agência, a estimativa de óleo na superfície do mar na região de Frade é de 521 a 882 barris.

Dezoito navios estão na área averiguando o problema, sendo 8 da Chevron e 10 cedidos pela Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell.

"O abandono do poço... prevê, em primeiro lugar, o emprego de lama pesada para "matar" o poço e testar a eficácia dessa medida na parada do vazamento; em seguida, virá o uso da cimentação para "matar" o poço de forma definitiva. Segundo o cronograma previsto, o vazamento do poço deverá estar controlado nos próximos dias", informou a ANP.

Na nota, a ANP informou que a principal hipótese, levantada pela Chevron, é de que "uma fratura provocada por procedimento de estabilização do poço tenha liberado fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha identificada no dia 8".

Chevron - A companhia norte-americana, em seu comunicado, informou que "as investigações levaram a Chevron Brasil e os órgãos governamentais a suspeitar que um poço de avaliação que estava sendo perfurado no campo Frade, na semana passada, teria ligação com as exsudações que estão causando a mancha na superfície".

Tanto a empresa como a ANP tratam o problema como sendo isolado do restante da estrutura de produção de petróleo no campo de Frade, onde a Chevron mantém plataforma com produção média de 50 mil barris por dia.


"De acordo com inspeções feitas nas instalações do campo, as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações e a mancha, e a produção do campo foi mantida", havia informado a empresa anteriormente.

A empresa informara que o óleo vazava do fundo do mar, a partir de uma falha na superfície. Nenhuma das duas partes relacionava o vazamento à atividade exploratória nem que havia perfuração nas proximidades do local.

Na sexta-feira à noite, a Presidência da República enviou uma nota dizendo que o vazamento ocorreu "em um novo poço que estava sendo perfurado pela empresa Chevron Brasil".

A Chevron é a concessionária operadora do bloco com 51,7 por cento de participação, em consórcio formado com a Petrobras (30 por cento) e o grupo Frade Japão, que possui 18,2 por cento.

O vazamento de petróleo deu munição para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no protesto que o Estado realizou sobre a divisão dos royalties do petróleo, na semana passada.

"Isso ilustra bastante uma das razões do preceito constitucional da indenização, porque isso não vai chegar ao Tocantins nem ao Mato Grosso; vai chegar ao litoral do Rio de Janeiro", afirmou na ocasião.

O grave acidente no Golfo do México com uma plataforma da BP elevou a atenção de empresas e do órgão regulador no Brasil para a possibilidade de acidentes no país, onde a maioria da produção de petróleo ocorre em mar.

A ANP tem aumentado as exigências em relação a segurança das instalações, o que inclusive provocou paradas não programadas de unidades de produção da Petrobras.

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Rio - A perfuração de um poço exploratório pela Chevron provocou o vazamento de petróleo na área de Frade, na bacia de Campos, afirmou à Reuters o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho.

Com base nisso, o órgão regulador concluiu que a melhor alternativa para o problema é o abandono dos trabalhos no poço por parte da Chevron. O local deverá ser cimentado, disse Carvalho.

Mais tarde, a ANP e a Chevron confirmaram em notas a informação sobre o abandono do poço. Disseram que o plano de abandono foi apresentado pela Chevron no dia 12 de novembro e aprovado no dia seguinte.

A companhia já havia paralisado temporariamente os trabalhos no local, para investigar o problema.

"O que foi detectado é que com a perfuração houve aumento de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que fez com que o óleo vazasse", disse o diretor da ANP.

O vazamento de óleo continua, segundo ele, e um volume estimado em 700 barris de óleo forma uma mancha localizada a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

A fenda com o vazamento estaria a uma distância de cerca de 150 metros de distância do poço exploratório e a mais de 1 quilômetro da plataforma de produção do campo de Frade.


"A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer", afirmou Carvalho.

"O que manda a resolução é a solicitação, por parte da empresa, do abandono do poço e nós analisamos e autorizamos que nessas condições a melhor saída mesmo é fazer o abandono", disse.

Vazamento - Em seu comunicado, a ANP informou que o a vazão média da exsudação --termo usado para designar a migração do óleo da rocha para outro ambiente, no caso o mar-- pode estar entre 200 a 330 barris de petróleo por dia.

Segundo a agência, a estimativa de óleo na superfície do mar na região de Frade é de 521 a 882 barris.

Dezoito navios estão na área averiguando o problema, sendo 8 da Chevron e 10 cedidos pela Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell.

"O abandono do poço... prevê, em primeiro lugar, o emprego de lama pesada para "matar" o poço e testar a eficácia dessa medida na parada do vazamento; em seguida, virá o uso da cimentação para "matar" o poço de forma definitiva. Segundo o cronograma previsto, o vazamento do poço deverá estar controlado nos próximos dias", informou a ANP.

Na nota, a ANP informou que a principal hipótese, levantada pela Chevron, é de que "uma fratura provocada por procedimento de estabilização do poço tenha liberado fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha identificada no dia 8".

Chevron - A companhia norte-americana, em seu comunicado, informou que "as investigações levaram a Chevron Brasil e os órgãos governamentais a suspeitar que um poço de avaliação que estava sendo perfurado no campo Frade, na semana passada, teria ligação com as exsudações que estão causando a mancha na superfície".

Tanto a empresa como a ANP tratam o problema como sendo isolado do restante da estrutura de produção de petróleo no campo de Frade, onde a Chevron mantém plataforma com produção média de 50 mil barris por dia.


"De acordo com inspeções feitas nas instalações do campo, as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações e a mancha, e a produção do campo foi mantida", havia informado a empresa anteriormente.

A empresa informara que o óleo vazava do fundo do mar, a partir de uma falha na superfície. Nenhuma das duas partes relacionava o vazamento à atividade exploratória nem que havia perfuração nas proximidades do local.

Na sexta-feira à noite, a Presidência da República enviou uma nota dizendo que o vazamento ocorreu "em um novo poço que estava sendo perfurado pela empresa Chevron Brasil".

A Chevron é a concessionária operadora do bloco com 51,7 por cento de participação, em consórcio formado com a Petrobras (30 por cento) e o grupo Frade Japão, que possui 18,2 por cento.

O vazamento de petróleo deu munição para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no protesto que o Estado realizou sobre a divisão dos royalties do petróleo, na semana passada.

"Isso ilustra bastante uma das razões do preceito constitucional da indenização, porque isso não vai chegar ao Tocantins nem ao Mato Grosso; vai chegar ao litoral do Rio de Janeiro", afirmou na ocasião.

O grave acidente no Golfo do México com uma plataforma da BP elevou a atenção de empresas e do órgão regulador no Brasil para a possibilidade de acidentes no país, onde a maioria da produção de petróleo ocorre em mar.

A ANP tem aumentado as exigências em relação a segurança das instalações, o que inclusive provocou paradas não programadas de unidades de produção da Petrobras.

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