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Perda de espécies animais e florestais foi expressiva na região serrana

Analista do ICMBio diz que deslizamentos de terra nas encostas deve ter prejudicado a biodiversidade da região

Uma análise mais detalhada dos estragos ao meio ambiente ainda deve demorar (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 12h18.

Brasília - As fortes chuvas que atingiram municípios da região serrana do Rio nos últimos dias 11 e 12 e deixaram, até agora, mais de 800 mortos afetaram também a biodiversidade. A região serrana abrange parte de Mata Atlântica, considerada patrimônio nacional.

De acordo com o analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Rogério Rocco, mesmo sem uma avaliação mais profunda da região, é possível afirmar que o país teve perda expressiva de animais e espécies florestais.

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“Isso acontece porque as chuvas removeram grandes quantidades de terra em encostas. Várias árvores foram derrubadas e como a região é o habitat de animais silvestres, eles também foram prejudicados”, explicou.

Segundo Rocco, por enquanto não há previsão de quando poderá ser feito um balanço das perdas porque a prioridade é resgatar e atender as vítimas da tragédia.

Das áreas administradas pelo ICMBio, a mais afetada foi a Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis, que abrange a região de Itaipava e o Vale do Cuiabá. O especialista explicou que a APA de Petrópolis é habitada por muitas espécies de pássaros, lagartos e cobras, além do cachorro do mato que costuma ser frequente na região.

Ele disse ainda que algumas espécies têm capacidade de se deslocar rápido e ao perceber qualquer problema, fogem. Outras não, principalmente quando têm filhotes, elas não abandonam as crias e acabam morrendo.

Quanto à flora da região, Rocco afirmou que só será possível estimar as perdas depois de uma análise mais detalhada da área e das espécies de plantas que existiam lá.

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