Li Changchun, do Partido Comunista chinês, teria ordenado o ciberataque ao Google (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 07h27.
Pequim - A China expressou nesta terça-feira seu desejo de que o vazamento de documentos diplomáticos do Departamento de Estado americano pelo site "WikiLeaks", nos quais Pequim é acusado de orquestrar o ciberataque contra o Google, não afete seus laços bilaterais.
"O absurdo conteúdo (do 'WikiLeaks') não merece ser comentado", assinalou em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Jiang Yu.
Os últimos vazamentos facilitados pelo "WikiLeaks" assinalam que foi a China, especificamente um dos nove membros do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista da China (PCCh), Li Changchun, que ordenou o ciberataque contra o Google no final de 2009.
Li, que é o chefe de Propaganda do PCCh, tomou a decisão após encontrar nas buscas do Google detalhes nada lisonjeiros sobre sua biografia e as atividades de seus familiares.
O Google acusou a China no começo do ano de ter perpetrado um ataque contra os correios eletrônicos de dissidentes, empresários e jornalistas hospedados em sua conta.
Este foi um dos conflitos mais graves que China e EUA viveram no último ano, além de outros relacionados com o superávit comercial e o valor da moeda chinesa, o iuane.