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Pentágono nega que vá financiar construção de muro na fronteira

Secretário de Defesa americano diz que instituição só apoia cerca na fronteira para proteger áreas de manobra militar

Trump: presidente americano apresentou a ideia de departamento de Defesa contribuir para financiamento no fim de março, alegando que tema é de Segurança Nacional (U.S. Air Force/Getty Images/Getty Images)

Trump: presidente americano apresentou a ideia de departamento de Defesa contribuir para financiamento no fim de março, alegando que tema é de Segurança Nacional (U.S. Air Force/Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2018 às 17h27.

Apesar do interesse da Casa Branca, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, negou nesta quinta-feira a hipótese de o Pentágono financiar a construção do prometido muro na fronteira com o México e afirmou que só toparia auxiliar, por segurança, obras de cercas em áreas onde são realizadas manobras militares.

As declarações foram dadas durante uma audiência no Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes e isso contrasta com a posição do presidente do país, Donald Trump.

Perguntado pelo congressista Beto O'Rourke sobre que circunstâncias o Pentágono apoiaria a construção de um muro na fronteira, Mattis foi bastante específico.

"Provavelmente só em áreas que precisariam de um muro ou de uma cerca para proteger uma manobra de artilharia próxima à fronteira. Isso seria uma medida de segurança", respondeu o secretário.

No fim de março, Trump surpreendeu ao apresentar a ideia de o Pentágono contribuir para financiar a construção do muro por se tratar de um tema de Segurança Nacional. A sugestão foi feita após o Congresso reprovar destinar US$ 25 bilhões para o projeto.

"Construir um grande muro na fronteira, com as drogas e combatentes inimigos que entram no nosso país, é uma questão de defesa nacional", escreveu Trump na época.

Posteriormente, Trump optou por enviar soldados da Guarda Nacional para a fronteira sul do país até obter os recursos necessários para erguer o muro, uma de suas promessas de campanha.

Mattis informou que cerca de 800 reservistas já estão na região a pedido dos diferentes governos estaduais. Segundo o secretário, é possível que sejam enviados outros 700 militares para a fronteira.

O secretário de Defesa explicou que essas tropas não realizarão tarefas policiais nem entrarão em contato com os imigrantes que tentem entrar no país, se limitando fazer um trabalho de vigilância.

Questionado sobre a importância dos imigrantes nas Forças Armadas dos EUA, Mattis defendeu que o país encontre uma solução para o tema questão.

"Precisamos de todos aqueles patriotas qualificados com os quais possamos contar, mas não apoiamos atividades ilegais", disse o secretário.

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