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Pentágono autoriza mudança de sexo para Bradley Manning

O soldado, que mudou seu nome para Chelsea, foi sentenciado a 35 anos de prisão por vazar informação confidencial para o Wikileaks


	Bradley Manning: ele cumpre pena desde julho de 2013 por violar a lei de espionagem
 (Getty Images/AFP/Arquivo / Alex Wong)

Bradley Manning: ele cumpre pena desde julho de 2013 por violar a lei de espionagem (Getty Images/AFP/Arquivo / Alex Wong)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 05h42.

Washington - O Exército dos Estados Unidos aprovou este mês o tratamento para mudança de sexo do soldado transexual Bradley Manning, que mudou seu nome para Chelsea, sentenciado a 35 anos de prisão por vazar informação confidencial para o Wikileaks, revelou nesta quinta-feira o jornal "USA Today".

"Após considerar a recomendação que o tratamento hormonal é apropriado e necessário, e avaliando os riscos associados, eu aprovo", escreveu a coronel Erica Nelson em um memorando obtida pelo jornal.

Erica está à frente da prisão militar de Fort Leavenworth, no estado do Kansas, onde Manning cumpre pena desde julho de 2013 por violar a lei de espionagem e divulgar mais de 700 mil documentos classificados para o Wikileaks.

O Exército americano tinha solicitado que o soldado, diagnosticado com transtorno de identidade de gênero, fosse transferido da prisão militar de Fort Leavenworth para uma prisão do sistema federal, onde esse tipo de tratamento é feito com os reclusos.

O Departamento de Defesa não tem experiência nesse tipo de tratamento, por isso tinha pedido ao Escritório Federal de Prisões (BOP, sigla em inglês) que aceitasse a transferência de Manning para suas instalações.

Manning não pode ser expulso do Exército durante o cumprimento de sua sentença, por isso as autoridades de Defesa se veem obrigadas a oferecer o tratamento solicitado pelo soldado.

Um dia depois de ser condenado à prisão, Manning confessou em uma carta que era transexual e que estava mudando seu nome para Chelsea.

Chelsea Manning argumentou que revelou abusos de militares americanos no Iraque e no Afeganistão por conta do interesse público e para abrir um debate sobre os conflitos nesses países. 

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