James Comey acrescentou também que não é o seu papel indicar se Trump incorreu no crime de obstrução à Justiça (Gary Cameron/File Photo/Reuters)
AFP
Publicado em 8 de junho de 2017 às 12h18.
O ex-diretor do FBI James Comey qualificou nesta quinta-feira como "muito perturbadores" os pedidos feitos pelo presidente Donald Trump envolvendo a investigação da suposta ingerência da Rússia nas eleições de 2016, mas se recusou a afirmar se esta conduta de Trump constituiu obstrução da Justiça.
O ex-chefe do FBI acusou a administração de Trump, que o demitiu de seu cargo em maio, de ter "difamado" o FBI (Polícia Federal americana) e a ele.
O que disseram no governo "foram mentiras puras e simples", declarou Comey diante da Comissão de Inteligência do Senado americano.
Comey acrescentou também que não é o seu papel indicar se Trump incorreu no crime de obstrução à Justiça ao sugerir maneiras de realizar a investigação sobre a suposta ingerência russa.
"Não acho que deva dizer se as conversas que tive com o presidente foram obstrução à Justiça. Foi uma coisa muito perturbadora, desconcertante", se limitou a comentar durante a audiência.