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Pedidos de asilo diminuíram ligeiramente após recorde de 2015

Pelo quarto ano seguido, a Alemanha registrou a maior quantidade de solicitações de asilo no mundo, com 48% de um total mundial de 1,64 milhão

Guerra: o maior êxodo de postulantes a asilo partiu da Síria (Rodi Said/Reuters)

Guerra: o maior êxodo de postulantes a asilo partiu da Síria (Rodi Said/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2017 às 14h42.

Paris - O número de pessoas fugindo de guerras ou conflitos rumo a partes mais estáveis do mundo diminuiu ligeiramente em 2016 depois de atingir um recorde em 2015, e a maior parte deste contingente buscou asilo na Alemanha, informou a OCDE nesta quinta-feira.

Em um relatório sobre tendências imigratórias mais amplas, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse que o maior êxodo de postulantes a asilo partiu da Síria, atualmente em guerra, seguida de Afeganistão e Iraque.

O número de pedidos de asilo continuou a cair nos primeiros meses deste ano, acrescentou a entidade.

Pelo quarto ano seguido, a Alemanha registrou de longe a maior quantidade de solicitações de asilo -- 48 por cento de um total mundial de 1,64 milhão em 2016.

Os Estados Unidos, onde o grosso dos pedidos de asilo é de latino-americanos, ficou em um segundo lugar distante, registrando 262 mil solicitações.

O número total de pedidos caiu 1 por cento em relação a 2015, disse a OCDE, que tem sede em Paris, observando que muitos dos que entraram no território alemão em 2015 apresentaram solicitações de asilo formais em 2016.

Quando a comparação é com a população do país de acolhimento, a Alemanha registrou mais de 10 vezes mais pedidos de asilo do que os EUA e quatro vezes mais do que a Itália, outro destino procurado com frequência por muitos imigrantes, sobretudo da Nigéria.

A OCDE, um centro de estudos financiado pelos governos de seus 35 países-membros, a maioria deles economias ricas e relativamente estáveis politicamente, acredita que a queda ligeira nos pedidos feitos em 2016 pode ser seguida de uma redução mais acentuada neste ano.

Nos primeiros seis meses de 2017, o número total de recém-chegados ao litoral europeu alcançou 85 mil, cerca de 10 vezes menos do que o pico da segunda metade de 2015, disse a entidade em um comunicado que acompanhou o relatório.

Como dois de cada três refugiados procurou a Europa, o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurria, disse: "Melhorar a integração dos imigrantes e seus filhos, inclusive refugiados, é vital para se oferecer um futuro mais próspero e inclusivo para todos".

Embora os países da OCDE, principalmente do oeste europeu, tenham recebido 1,6 milhão de pedidos de asilo em 2016, a Turquia sozinha está oferecendo proteção temporária a outros três milhões de sírios, segundo a organização.

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