Partido islâmico terá pastas estratégicas na Tunísia
Principal vencedor das eleições no país, Al-Nahda vai comandar os Ministérios do Interior, Relações Exteriores e Justiça
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 16h53.
Túnis - O partido islâmico moderado Movimento Al-Nahda, vencedor das últimas eleições tunisianas, se reservou o controle dos ministérios de Interior, Relações Exteriores e Justiça no próximo governo, que negocia com os parceiros da Assembleia Nacional Constituinte, disse à Agência Efe uma fonte do comitê político da legenda.
Segundo a fonte, o novo Executivo contará com 26 pastas, 11 das quais vão para o Congresso Pela República (CPR) e o Ettakatol, parceiros do Al-Nahda.
No entanto, a fonte afirmou que ainda não estava tudo definido e que a lista definitiva será anunciada dentro de dois dias, após o novo presidente Moncef Marzouki designar o secretário-geral do Al-Nahda, Hammadi Jebali, como primeiro-ministro - algo previsto para esta quarta-feira.
O Ministério do Interior será dirigido por Ali Laaridi e o de Justiça pelo advogado Nureddin el Behyri, ambos fundadores históricos e membros do comitê político do Al-Nahda.
O Ministério das Relações Exteriores ficará a cargo de um jovem diretor do canal de televisão árabe 'Al Jazeera', Rafiq Ben Abdelsalem, genro do líder máximo do Al-Nahda, Rachid Ghannouchi.
O Ministério da Defesa Nacional é o único que não mudará de titular. Continuará em mãos de um militar, o atual ministro, Abdelkrim Zbidi, nomeado pelo chefe do executivo que está de saída, Beji Caid Essebsi.
Também será criado um novo Ministério que se desvincula do de Justiça e que se denominará Ministério de Direitos Humanos e de Mártires e Feridos da Revolução. Ele será dirigido pelo advogado Samir Dilou, que acumulará o cargo com o de ministro Porta-voz do governo.
O novo gabinete contempla ainda um novo Ministério de Migração, que será dirigido, segundo a fonte, por Houssin Jaziri, atualmente residente na França.
Outras personalidades históricas do Al-Nahda que farão parte do alto escalão do novo governo serão Abdellatif el Mekki (Saúde), Moncef Ben Salem (Ensino Superior) e Med Ben Salem (Agricultura).
O Ministério do Turismo e Comércio também será dividido: Elyes Fakhfakh, integrante do Ettakatol, assumirá a pasta de Turismo, enquanto a de Comércio ainda não tem líder.
O Ettakatol, parceiro mais fraco da tripartite, contará com as pastas de Transporte, sob a chefia de Adel Dalil; Assuntos Sociais, que ficará para Khalil Zaouia; Finanças, que será administrada por Adel Hajj Chuija; e o da Mulher, a ser liderada por Sihem Badi.
Já o Ministério de Assuntos Religiosos será dirigido por uma personalidade independente, Nuredin Jademi.
O segundo partido em número de deputados dentro da Assembleia Constituinte, o CPR, que obteve 29 cadeiras, frente às 89 do Al-Nahda, dirigirá o Ministério da Reforma Administrativa, com o advogado Mohammed Abbou como ministro, e o de Juventude e Esportes, com Iqbel Saddani.
A legenda controlará o estratégico Ministério de Indústria e Energia, que terá Mohammed Imin Chakhari no comando.
Outra importante novidade é a designação do histórico fundador do advogado Abdelfatah Moro, movimento político islâmico da Tunísia e antigo dirigente do Al-Nahda, como ministro Conselheiro Especial do Primeiro-ministro. Ele concorreu às últimas eleições por um grupo independente, junto a outras personalidades muçulmanas progressistas. EFE
Túnis - O partido islâmico moderado Movimento Al-Nahda, vencedor das últimas eleições tunisianas, se reservou o controle dos ministérios de Interior, Relações Exteriores e Justiça no próximo governo, que negocia com os parceiros da Assembleia Nacional Constituinte, disse à Agência Efe uma fonte do comitê político da legenda.
Segundo a fonte, o novo Executivo contará com 26 pastas, 11 das quais vão para o Congresso Pela República (CPR) e o Ettakatol, parceiros do Al-Nahda.
No entanto, a fonte afirmou que ainda não estava tudo definido e que a lista definitiva será anunciada dentro de dois dias, após o novo presidente Moncef Marzouki designar o secretário-geral do Al-Nahda, Hammadi Jebali, como primeiro-ministro - algo previsto para esta quarta-feira.
O Ministério do Interior será dirigido por Ali Laaridi e o de Justiça pelo advogado Nureddin el Behyri, ambos fundadores históricos e membros do comitê político do Al-Nahda.
O Ministério das Relações Exteriores ficará a cargo de um jovem diretor do canal de televisão árabe 'Al Jazeera', Rafiq Ben Abdelsalem, genro do líder máximo do Al-Nahda, Rachid Ghannouchi.
O Ministério da Defesa Nacional é o único que não mudará de titular. Continuará em mãos de um militar, o atual ministro, Abdelkrim Zbidi, nomeado pelo chefe do executivo que está de saída, Beji Caid Essebsi.
Também será criado um novo Ministério que se desvincula do de Justiça e que se denominará Ministério de Direitos Humanos e de Mártires e Feridos da Revolução. Ele será dirigido pelo advogado Samir Dilou, que acumulará o cargo com o de ministro Porta-voz do governo.
O novo gabinete contempla ainda um novo Ministério de Migração, que será dirigido, segundo a fonte, por Houssin Jaziri, atualmente residente na França.
Outras personalidades históricas do Al-Nahda que farão parte do alto escalão do novo governo serão Abdellatif el Mekki (Saúde), Moncef Ben Salem (Ensino Superior) e Med Ben Salem (Agricultura).
O Ministério do Turismo e Comércio também será dividido: Elyes Fakhfakh, integrante do Ettakatol, assumirá a pasta de Turismo, enquanto a de Comércio ainda não tem líder.
O Ettakatol, parceiro mais fraco da tripartite, contará com as pastas de Transporte, sob a chefia de Adel Dalil; Assuntos Sociais, que ficará para Khalil Zaouia; Finanças, que será administrada por Adel Hajj Chuija; e o da Mulher, a ser liderada por Sihem Badi.
Já o Ministério de Assuntos Religiosos será dirigido por uma personalidade independente, Nuredin Jademi.
O segundo partido em número de deputados dentro da Assembleia Constituinte, o CPR, que obteve 29 cadeiras, frente às 89 do Al-Nahda, dirigirá o Ministério da Reforma Administrativa, com o advogado Mohammed Abbou como ministro, e o de Juventude e Esportes, com Iqbel Saddani.
A legenda controlará o estratégico Ministério de Indústria e Energia, que terá Mohammed Imin Chakhari no comando.
Outra importante novidade é a designação do histórico fundador do advogado Abdelfatah Moro, movimento político islâmico da Tunísia e antigo dirigente do Al-Nahda, como ministro Conselheiro Especial do Primeiro-ministro. Ele concorreu às últimas eleições por um grupo independente, junto a outras personalidades muçulmanas progressistas. EFE