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Partido governista sul-africano tem pior derrota desde 1994

Desde o fim do apartheid, o CNA vinha se mostrando invencível nas urnas em certas áreas, assim como no polo econômico de Joanesburgo


	Eleições: com 95% das urnas apuradas, a legenda perdeu para o principal partido de oposição na municipalidade de Nelson Mandela Bay
 (Siphiwe Sibeko / Reuters)

Eleições: com 95% das urnas apuradas, a legenda perdeu para o principal partido de oposição na municipalidade de Nelson Mandela Bay (Siphiwe Sibeko / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2016 às 12h59.

Pretória - O Congresso Nacional Africano (CNA), partido governista da África do Sul, estava a caminho de seu pior desempenho eleitoral desde o fim do apartheid nesta sexta-feira, uma vez que os eleitores extravasaram nas eleições municipais seu descontentamento com o alto desemprego e a corrupção, o que abre espaço para uma mudança gigantesca na política e na sociedade.

O CNA reinava absoluto desde que pôs fim ao governo da minoria branca em 1994 com Nelson Mandela à sua frente, mas perdeu apoio, particularmente nas cidades, entre o eleitorado que sente que sua vida não melhorou e que acusa o presidente sul-africano, Jacob Zuma, de administrar mal a economia.

Com 95 por cento das urnas apuradas, a legenda ainda estava na frente na contagem geral de votos das eleições municipais, mas perdeu para a Aliança Democrática, o principal partido de oposição, na municipalidade de Nelson Mandela Bay, que inclui a cidade de Porto Elizabeth, e estava atrás em Tshwane, que abriga a capital Pretória. 

Desde o fim do apartheid, o CNA vinha se mostrando invencível nas urnas nestas áreas, assim como no polo econômico de Joanesburgo, onde mantinha uma vantagem apertada nesta sexta-feira.

Agora, nenhum partido parece a caminho de obter uma maioria nestes três centros urbanos, o que deve criar uma nova era de política de coalizão conforme a África do Sul se afasta do que, na prática, é um sistema de partido único no período imediatamente pós-apartheid.

Esta mudança reformula o cenário político do país antes da eleição nacional de 2019 e também pode encorajar adversários de Zuma dentro do CNA desafiá-lo no partido.

A Aliança Democrática manteve o comando da Cidade do Cabo, que governa desde 2006.

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