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Partidários de Mursi se preparam para enfrentar repressão

Manifestantes se recusaram a deixar seus acampamentos no Cairo, se preparando com paus e pedras para uma eventual repressão policial

Apoiados do presidente desposto Mohamed Mursi monta guarda na entrada da área sitiada em torno da mesquita Raba' al-Adawya, em Cairo (Asmaa Waguih/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 17h51.

Cairo - Partidários do deposto presidente islâmico Mohamed Mursi se recusaram na segunda-feira a deixar seus acampamentos no Cairo, e disseram que estão se preparando com paus, pedras e fé para enfrentar a eventual repressão policial.

Ao anoitecer, no entanto, as ruas da capital estavam relativamente tranquilas, pois as forças de segurança se abstiveram de agir, apesar dos alertas feitos no domingo para que os militantes desmantelassem os protestos. O chanceler Nabil Fahmy disse que todos os esforços estão sendo realizados para resolver o impasse por meio do diálogo.

Na arena política, o partido Nour disse que cogita aderir à Assembleia Constituinte, o que caracterizaria um apoio islâmico à transição política no Egito depois de os militares derrubarem Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no país, em julho.

O Nour é o segundo maior partido islâmico do Egito, depois da Irmandade Muçulmana, de Mursi.

No acampamento de Al Nahda, distribuído entre uma rotatória de tráfego e uma avenida arborizada com palmeiras, perto do zoológico, o clima dos manifestantes era solene, mas não temeroso.

Questionado sobre a ameaça de repressão, o tradutor Ahmed Shargawy, de 23 anos, disse: "Eles também disseram isso há 15 dias. Eles sempre dizem que vão acabar com isso (protesto)".

A um quarteirão de lá, meia dúzia de veículos blindados e alguns esquadrões de soldados ocupavam posições em frente a uma delegacia de polícia, mas aparentemente sem fazerem parte de uma força-tarefa pronta para agir.

O governo provisório empossado pelos militares disse na semana passada que os esforços diplomáticos internacionais para mediar a crise haviam fracassado por culpa da Irmandade, e alertaram para a iminência de uma ação das forças de segurança contra os manifestantes.

Mas as autoridades evitaram agir durante o feriado islâmico do Eid al Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã. A festividade terminou no domingo.

Uma fonte de segurança disse que a intervenção ainda não aconteceu porque os acampamentos cresceram com os rumores de uma ação militar-policial iminente.

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Cairo - Partidários do deposto presidente islâmico Mohamed Mursi se recusaram na segunda-feira a deixar seus acampamentos no Cairo, e disseram que estão se preparando com paus, pedras e fé para enfrentar a eventual repressão policial.

Ao anoitecer, no entanto, as ruas da capital estavam relativamente tranquilas, pois as forças de segurança se abstiveram de agir, apesar dos alertas feitos no domingo para que os militantes desmantelassem os protestos. O chanceler Nabil Fahmy disse que todos os esforços estão sendo realizados para resolver o impasse por meio do diálogo.

Na arena política, o partido Nour disse que cogita aderir à Assembleia Constituinte, o que caracterizaria um apoio islâmico à transição política no Egito depois de os militares derrubarem Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no país, em julho.

O Nour é o segundo maior partido islâmico do Egito, depois da Irmandade Muçulmana, de Mursi.

No acampamento de Al Nahda, distribuído entre uma rotatória de tráfego e uma avenida arborizada com palmeiras, perto do zoológico, o clima dos manifestantes era solene, mas não temeroso.

Questionado sobre a ameaça de repressão, o tradutor Ahmed Shargawy, de 23 anos, disse: "Eles também disseram isso há 15 dias. Eles sempre dizem que vão acabar com isso (protesto)".

A um quarteirão de lá, meia dúzia de veículos blindados e alguns esquadrões de soldados ocupavam posições em frente a uma delegacia de polícia, mas aparentemente sem fazerem parte de uma força-tarefa pronta para agir.

O governo provisório empossado pelos militares disse na semana passada que os esforços diplomáticos internacionais para mediar a crise haviam fracassado por culpa da Irmandade, e alertaram para a iminência de uma ação das forças de segurança contra os manifestantes.

Mas as autoridades evitaram agir durante o feriado islâmico do Eid al Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã. A festividade terminou no domingo.

Uma fonte de segurança disse que a intervenção ainda não aconteceu porque os acampamentos cresceram com os rumores de uma ação militar-policial iminente.

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