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Parlamento suíço aprova abandono gradual da energia nuclear

País não irá mais construir usinas, mas manterá pesquisas na área

A decisão ainda depende de uma última aprovação da câmara baixa do parlamento (Johannes Eisele/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 17h46.

Genebra - A Suíça abandonará progressivamente a energia nuclear nas próximas duas décadas, já que o Conselho de Estados, câmara alta do Parlamento, aprovou nesta quarta-feira a suspensão da construção de novas usinas atômicas.

O Conselho Nacional, câmara baixa, havia aprovado o projeto em 8 de junho.

Depois da luz verde da câmara alta, o projeto volta à câmara baixa para a aprovação da versão adotada nesta quarta-feira.

Além das medidas que estimulam a energia renovável e eficiência energética, o texto votado exige, por outro lado, a manutenção das pesquisas no setor nuclear.

O país precisará contar agora com seu já desenvolvido sistema de hidrelétricas, além de outras energias renováveis, para compensar a perda das usinas nucleares sem considerar a possibilidade de importar energia elétrica.

Se necessário, a Suíça considera retornar à eletricidade produzida por combustíveis fósseis, informou um trecho do projeto, apesar de estabelecer limites dentro da política de mudanças climáticas do país.

Na recomendação do governo, a primeira usina nuclear a ser fechada será a de Beznau I, em 2019, seguida de Beznau II e Muehleberg, em 2022, Goegen, em 2029, e Leibstadt, em 2034.

O governo prevê que tal programação de abandono da energia nuclear favorecerá negócios que envolvam tecnologias limpas, impulsionará a criação de empregos e ajudará a Suíça a lidar com o esperado aumento do preço da eletricidade na Europa.

Estimativas iniciais apontam que o custo de redesenhar as fontes energéticas do país, complementadas por medidas para diminuir o consumo, custarão de 0,4% a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro de Meio Ambiente e Energia, Doris Leuthard, salientou que a energia nuclear tornou-se muito cara, devido ao aumento dos custos para a construção de usinas mais seguras.

No entanto, a medida enfrentou a oposição da federação de empresários suíços, a EconomieSuisse, que classificou a decisão de "irresponsável".

A Associação de Empresas Suíças de Eletricidade aplaudiu decisão de saída gradual da energia nuclear, em vez de uma interrupção imediata.

"A continuação dessas usinas nos dá tempo para encontrar soluções e implementar medidas mais eficientes", anunciou.

*Matéria atualizada às 17h46

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Genebra - A Suíça abandonará progressivamente a energia nuclear nas próximas duas décadas, já que o Conselho de Estados, câmara alta do Parlamento, aprovou nesta quarta-feira a suspensão da construção de novas usinas atômicas.

O Conselho Nacional, câmara baixa, havia aprovado o projeto em 8 de junho.

Depois da luz verde da câmara alta, o projeto volta à câmara baixa para a aprovação da versão adotada nesta quarta-feira.

Além das medidas que estimulam a energia renovável e eficiência energética, o texto votado exige, por outro lado, a manutenção das pesquisas no setor nuclear.

O país precisará contar agora com seu já desenvolvido sistema de hidrelétricas, além de outras energias renováveis, para compensar a perda das usinas nucleares sem considerar a possibilidade de importar energia elétrica.

Se necessário, a Suíça considera retornar à eletricidade produzida por combustíveis fósseis, informou um trecho do projeto, apesar de estabelecer limites dentro da política de mudanças climáticas do país.

Na recomendação do governo, a primeira usina nuclear a ser fechada será a de Beznau I, em 2019, seguida de Beznau II e Muehleberg, em 2022, Goegen, em 2029, e Leibstadt, em 2034.

O governo prevê que tal programação de abandono da energia nuclear favorecerá negócios que envolvam tecnologias limpas, impulsionará a criação de empregos e ajudará a Suíça a lidar com o esperado aumento do preço da eletricidade na Europa.

Estimativas iniciais apontam que o custo de redesenhar as fontes energéticas do país, complementadas por medidas para diminuir o consumo, custarão de 0,4% a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro de Meio Ambiente e Energia, Doris Leuthard, salientou que a energia nuclear tornou-se muito cara, devido ao aumento dos custos para a construção de usinas mais seguras.

No entanto, a medida enfrentou a oposição da federação de empresários suíços, a EconomieSuisse, que classificou a decisão de "irresponsável".

A Associação de Empresas Suíças de Eletricidade aplaudiu decisão de saída gradual da energia nuclear, em vez de uma interrupção imediata.

"A continuação dessas usinas nos dá tempo para encontrar soluções e implementar medidas mais eficientes", anunciou.

*Matéria atualizada às 17h46

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