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Parlamento europeu aprova lei que bane produtos originários de desmatamento

Lista inclui soja e até papel que foram produzidos a partir de áreas desmatadas após dezembro de 2020

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<b>Projeto REDD+ no Vale do Jari, na região do Pará e do Amapá </b> : adoção de técnicas sustentáveis já evitou o desmatamento de 64.866 hectares de floresta nos últimos 30 anos (AMBIPAR/Divulgação)

Projeto REDD+ no Vale do Jari, na região do Pará e do Amapá : adoção de técnicas sustentáveis já evitou o desmatamento de 64.866 hectares de floresta nos últimos 30 anos (AMBIPAR/Divulgação)

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira por ampla maioria uma lei que fecha a porta para importação de produtos derivados da pecuária e da agricultura originários de áreas desmatadas após dezembro de 2020, como chocolate, café, madeira e até borracha. A nova lei engloba ainda óleo de palma, soja, carvão vegetal e até papel.

O Parlamento Europeu e os estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre o assunto em dezembro passado. O texto foi proposto em novembro de 2021 pela Comissão Europeia e amplamente adotado pelos estados-membros, mas os eurodeputados votaram para fortalecê-lo, expandindo a gama de produtos em questão.

Durante o debate, o eurodeputado Pascal Canfin (do bloco Renovar Europa, liberal) afirmou que esta é a "primeira lei do mundo que acaba com o desmatamento importado".

O que diz o parlamento?

- Todas as pesquisas de opinião mostram que os europeus não querem contribuir para o desmatamento, mas não tinham a possibilidade de saber, quando tomam uma xícara de café de manhã ou um copo de chocolate, se eram cúmplices do desmatamento importado - acrescentou Canfin.

A eurodeputada ecologista Marie Toussaint declarou durante um debate esta semana que este é "um grande passo adiante para as florestas do mundo, o clima, a biodiversidade, mas também para os direitos humanos e a regulamentação de uma economia enlouquecida".

Ela considera, no entanto, fundamental que o texto seja ampliado para impactar ecossistemas frágeis como os manguezais, além de incluir produtos como o milho ou integrar aqueles que financiam muitos projetos que levam ao desmatamento.

A organização ecologista Greenpeace afirmou que este é apenas "o primeiro passo". Para a ONG, esta norma apresenta "lacunas" ao excluir, por exemplo, ecossistemas como a savana e por não visar os bancos europeus que financiam projetos que destroem as florestas

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