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Parlamento da Venezuela detalha violência nas fronteiras

Parlamentares propõem acordo para uma coalizão internacional que garanta a ajuda humanitária e o restabelecimento da democracia no país

Caos na fronteira: homem caminha entre carros queimados na fronteira do Brasil com a Venezuela (Ricardo Moraes/Reuters)

Caos na fronteira: homem caminha entre carros queimados na fronteira do Brasil com a Venezuela (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 07h45.

A Assembleia Nacional (AN) da Venezuela aprovou o relatório da comissão especial sobre o processo de ajuda humanitária e os casos de repressão, violência e ataques por parte do governo de Nicolás Maduro. Os parlamentares propõem um acordo para uma coalizão internacional que garanta a ajuda humanitária e o restabelecimento da democracia no país.

Na mesma sessão, representantes indígenas do Parlamento Amazônico denunciaram as agressões ao povo Pémon durante a ação. A denúncia será encaminhada à Corte Penal Internacional por crimes de lesa humanidade.

As discussões se estenderam até tarde ontem (27), quando 13 parlamentares se manifestaram sobre os episódios recentes registrados nas regiões fronteiriças do Brasil e da Colômbia com a Venezuela. Eles relataram que a maioria sofreu violência e maus-tratos.

Uma síntese da sessão e do relatório foi divulgada nas redes sociais da Assembleia Nacional da Venezuela.

Para o deputado Miguel Pizarro, de oposição, Maduro desprezou o povo venezuelano, pois enquanto ocorriam os confrontos, ele dançava com a mulher em um espetáculo público. Segundo o parlamentar, o Exército venezuelano foi responsável por ataques ao povo.

O deputado Dennis Fernandez, também de oposição, apelou para que as pessoas não desistam de "salvar a Venezuela". A deputada Delsa Solórzano disse que prepara um relatório minucioso e completo dos eventos registrados no último final de semana.

A deputada Mariela Magallanes, oposicionista, afirmou que os parlamentares foram protegidos da situações mais violentas por causa da imunidade do cargo.

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